tornar a ver os passos
para os quais ensurdeci.
tornar a senti-los,
caminhar com eles devagar,
as pálpebras a caírem
sobre o rubor do dia.
reencontrar a calma,
a fúria do amor.
a noite alimentada de palavras
a abrir-se sobre a tarde.
o vinho derramando-se nos copos,
tudo a conjugar-se nos corpos,
puros.
tornar a mim, meu amor,
tornar a ti.
silvia chueire
15 outubro 2005
tornar
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Esta sua poesia levou-me a imaginá-la em casa, caminhando na sala, com os pés descalços, e desenhando com eles a suave poesia que nos chega aqui em Portugal, após tanto mar, e que nos vem ajudar a colorir estes céus cinzentos…
DLM
E tem razão, caro Delfim. Pés descalços e muito mar.
Obrigada pelas palavras gentis.
Abraços,
Silvia
Olá Sílvia. Sempre bem!
Merci, MCR. : )
Silvia
Enviar um comentário