Vinhas fatigada e triste
e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
e a alma de sonhos povoada eu tinha.
E parámos de súbito na estrada
da vida:
longos anos, presa à minha
a tua mão,
A vista deslumbrada
tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo...
Na partida,
nem o pranto os teus olhos humedece,
nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
na extrema curva do caminho extremo.
Olavo Bilac
Obs.: oferecido por Amélia Pais
03 dezembro 2005
Cheguei. Chegaste.
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Bilac muitas vezes escreveu poemas sem grande beleza. Mas muitas outras foi surpreendente. Este é um dos que gosto. Obrigada.
Abraços,
Silvia
O nome do poema é Nel Mezzo del Camim.
E umedece não tem h
Enviar um comentário