O modelo dos debates com candidatos à presidência da República seguido pelas televisões tem servido o interesse público de esclarecer diferenças entre os candidatos.
O debate entre Mário Soares e Francisco Louça veio mais uma vez confirmar isso. Em política as diferenças não podem ser alienadas mesmo em nome de imperativos da luta contra a direita. Ficou bem a Mário Soares distanciar-se dos apelos dos socialistas para a desistência dos restantes candidatos de esquerda. Poderia ter havido uma estratégia de convergência de toda a esquerda e nesse caso não se podia falar na alienação das diferenças. Procuravam-se denominadores comuns e encontrava-se o candidato que desse garantias de assegurar essa convergência. Os dirigentes do PS, no pragmatismo utilitarista que cultivam, esqueceram-se de promover essa convergência. Devem, por isso, tirar as devidas consequenciais do seu autismo e não enveredar por um oportunismo quase chantagista.
16 dezembro 2005
O apelo às desistências
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
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