silêncio,
hiato entre mãos carregadas
e o fato inevitável do tempo
a trepar à montanha, à floresta,
ao nosso corpo.
obervamos sem palavras
o movimento geral das coisas,
imperceptível a olhos rápidos,
que nos diz
agarrando-nos a garganta :
- vê !
e ver pode custar uma vida de palavras,
minutos de lucidez mortal.
o ano passa
no calendário dos homens,
as palavras se atropelam
na nossa pele,
e ainda assim calamos.
silvia chueire
30 dezembro 2005
silêncio
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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3 comentários:
Desejo um Feliz Ano Novo aos ilustres colegas.
Retribuo com os meus agradecimentos
A Sílvia fêz-me lembrar, com o seu poema, o nosso José Gomes Ferreira, na sua "Poesia III"...
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