28 janeiro 2006

Casa inquieta, Rodrigo

Estava
o ano velho a acabar,
numa noite como esta em que o cansaço é muito e a noite insone e eu
(carregador do mundo) escrevi aqui
um texto, supostamente inteligente sobre o livro "Casa Quieta", de Rodrigo Guedes de Carvalho. Rodrigo
não gostou da
"gracinha"
e interpelou-me, via e-mail, e trocámos conversas inquietas sobre o assunto mas, como somos pessoas civilizadas, não ficou azedume nem melindre. E eu persisto
tal como prometi
a ler vou na página
56
mas torpecei no hospital e nas dúvidas sobre o encontro de irmãos, o Salvador e o outro, e sobretudo sobre a idade dos irmãos, do Salvador e do outro.
Do Salvador que ama a Mariana, a Mariana-morta-de-trás-para-a-frente, e há outra Mariana, Mariana de outro homem, que chora no corredor do hospital
e eu
que também amo a Mariana, a minha filha, inquieta
Casa Quieta.
E ontem fiquei mais contente porque uma bailarina do
Porto
(não me lembro do nome)
questionada sobre o seu livro preferido respondeu
Casa
Quieta.
Ela vingou-o. Rodrigo. Guedes. de. Carvalho.
(E eu sou mesmo um mau leitor, caríssimo. Mas tenho vindo a melhorar...)

1 comentário:

M.C.R. disse...

Cartwiro: eu gostei do seu anteerior texto sobre RGC e até penso qque, mesmo apanhando nas orelhas, ele deveria apreciar pois é excelente escrita. não gostou? Paciência!...
E continuo a gostar deste. Mas, claro cheira-me que o RGC não vai apreciar.