1. A Casa Pia tomou conhecimento, através de notícias não desmentidas, de o Procurador-Geral da República haver sido convocado para comparecer ante a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, a propósito do processo referente a abusos sexuais sobre alunos da Casa Pia de Lisboa.
2. Face a tal insólita situação, os advogados da Casa Pia, sem quererem contribuir para a discussão pública da substância do caso que lhes está confiado, mas no exercício indeclinável de um direito de cidadania, entendem ser seu dever afirmar publicamente o seguinte:
3. Uma audição parlamentar do Procurador-Geral da República sobre factos ou incidentes processuais de um qualquer processo judicial pendente, configura acto ilegítimo da Assembleia da República, concretamente intromissão abusiva deste órgão de soberania na esfera privativa de acção do poder judicial.
4. Esta interferência é ainda mais grave se o objecto da inquirição for a análise e a discussão de documentos de processo criminal em curso.
5. Neste contexto geral, mas vista sobretudo a situação concreta que está em apreço, os Advogados da Casa Pia e demais assistentes repudiam vivamente esta iniciativa parlamentar, porquanto:
(1) A Assembleia da República não tem competência para conhecer, discutir ou resolver matérias que estejam sujeitas em processo próprio ao poder judicial; a fazê-lo, poderá estar em causa um acto grave de condicionamento da independência dos tribunais e da autonomia do Ministério Público.
(2) Essa incompetência parlamentar absoluta é ainda mais evidente tratando-se, como é o caso, de discutir as condições sobre as quais foi produzido, obtido, conservado, acedido e manipulado um documento de um processo criminal pendente.
(3) A situação assume foros de intolerável, a tratar-se de um acto de intervenção política numa matéria sobre a qual, e é disso que se trata, já foi determinada, pelo colectivo de juízes, a efectivação de uma averiguação e perícia por entidade independente, tendente a apurar a fidedignidade do documento em causa e as condições em que se procedeu à divulgação pública do mesmo.
(4) Com todo o respeito devido ao Procurador-Geral da República, não tem o mesmo direito a pronunciar-se em sede parlamentar sobre um documento de um processo judicial criminal pendente, nem a Assembleia da República tem direito a perguntar-lho.
(5) Nos termos do artigo 10º do Estatuto do Ministério Público à Procuradoria-Geral da República cabe apenas «f) Propor ao Ministro da Justiça providências legislativas com vista à eficiência do Ministério Público e ao aperfeiçoamento das instituições judiciárias; g) Informar, por intermédio do Ministro da Justiça, a Assembleia da República e o Governo acerca de quaisquer obscuridades, deficiências ou contradições dos textos legais». Nada mais.
(6) Em nenhum preceito da Constituição se prevê que a Assembleia da República possa inquirir o Procurador-Geral da República ou quem quer que seja com funções em processos pendentes sobre o conteúdo de tais processos.
(7) Se é grave que a Assembleia da Republica intervenha a propósito de processos judiciais pendentes, mais grave que se pronuncie sobre documentos concretos desses processos, gravíssimo é que se possa sobrepor àquilo que já está determinado por juízes nesse processo.
(8) O Procurador-Geral da República, garante que é da legalidade, não tem, no que respeita a processos judicias pendentes, que prestar contas nem ao Presidente da República que o nomeia, nem à Assembleia da República, à qual é estranho.
(9) Os advogados da Casa Pia aguardam que no foro judicial, por ser o próprio, se obtenham conclusões jurídicas sobre a matéria em causa, fora de quaisquer condicionantes de cunho político.
(10) Cumpre lembrar que, tanto quanto é dado saber, corre actualmente um processo quanto a este incidente, o que ainda torna mais inaceitável a discussão do caso em sede parlamentar: se neste caso houver, ou vierem a haver, ilegalidades, irregularidades, abusos, ou crimes, então que sejam conhecidos, julgados e punidos, mas por quem de Direito, na forma própria.
(11) Os advogados da Casa Pia lamentam o clima de especulação política que se criou em torno desta matéria e esperam que com este caso se não crie um grave precedente de sujeição da Justiça aos ditames do poder político, o que seria a negação do Estado de Direito e um atentado à própria Democracia.
(12) Os advogados da Casa Pia respeitam a Assembleia da República, mas não respeitam menos a independência dos Tribunais. Não se trata, ao vir a público sobre esta matéria, de defender os seus constituintes, trata-se sim, de defender a Constituição da República de Portugal.
(13) Os advogados da Casa Pia confiam que, com a colaboração de todos os sujeitos processuais envolvidos neste complexo processo judicial, e o sentido de Estado daqueles que lhe são estranhos, se fará Justiça.
Lisboa, 19.01.06»
comunicado distribuido na conferencia de imprensa dada esta tarde no Centro Cultural da Casa Pia de Lisboa
19 janeiro 2006
Comunicado dos advogados da Casa Pia e demais assistentes sobre a audição do Procurador-Geral da República pela Assembleia da República
Marcadores: kamikaze (L.P.)
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15 comentários:
No meu modesto entender, muito do que aqui é dito deveria ser dito pelos sindicatos respectivos. Mas também penso que a procissão ainda vai no adro. Há questões que estão sem resposta e precisam de a ter.
Até que enfim...
Em suma: os atropelos ás liberdades públicas que a uma tal lista parece conter deverão ceder porque... esses documentos fazem parte de uma gigantesca montanha de papeis pedidos pelas partes e pelo juíz do processo. Pouco importa que se começe a verificar uma deriva do direito à privacidade de cidadãos que nada têm a ver com qualquer processo, pouco importa o saber ou não se tais entregas de documentos são regra ou excepção, pouco importa a deriva policial e fascistoide que uma tal entrega pode querer evidenciar.
Os senhores advogados da Casa Pia entretem-se a pôr em causa o Parlamento e em puxar as orelhas um tanto ou quanto moucas do PGR sem parecer cuidar de saber ou sem parecer quererem saber se documentos tão duvidosamente obtidos spodem ser usados como prova, sequer pedidos patuscamente um dia depois de terem chegado...
Já há algum tempo pensava que isto tinha batido no fundo. Mas não. Já não bastava a insuportavel ligação empresa-procuradoria para afinal se descobrir que se alonga até aqui. Aguardo agora um comunicado dos advogados dos acusados que provavelmente irá põr em causa a ONU aou a Unesco dado parecerem esgotadas as hipóteses nacionais.
E tudio isto sem ninguém parecer interessado em responder: como aparece esta lista? há mais listas? É hábito haver listas destas?
Brecht num poema imortal narra a história de um cidadão vulgar que viu os comunistas serem presos sem protestar. Depois foi a vez dos socialistas. E dos homossexuais. E dos judeus. e dos ciganos. E o bom cidadão mudo e quedo, não era com ele. até ao dia que o vieram buscar.
É isto que eu gostaria de lembrar ...
Para que se saiba: não conheço nenhum acusado do processo. O senhor Carlos Cruz mereceu-me desde a mais tenra idade vários bocejos e posteriormente uma forte aversão. Idem o senhor Herman josé que é no mínimo patético. Quanto ao ex-ministro Pedroso já tive ocasião de em sede própria criticar algumas das suas brilhantes ideias, como p..ex. a actual estrutura aberrante da Segurança social. achei-o pedante e tolo nessa época. E mesmo na sua desgraça não melhorei a minha opinião.
agorao que está em causa é simples: a liberdade pública é indissociavel da privada. Ambas são indivisíveis. Ou se é por ou...se é contra.
Depois de potar o meu comentário com as habituais gralhas de quem escreve mal e depressa vi o texto de Intrometido.
apeasr de ter o sr Ministro da Justiça numa conta que oscila entre o medícre menos e o mau mais, entendo que devemos deixá-lo para daqui a um bocadinho. Orimeiro esta história repugnante. Depois lá iremos ao dito cujo personagem ministerial que continua igual a si próprio desde os bancos da faculdade. começo no entanto a perceber a carreira do homem. Está conforme com o que vai sucedendo no resto da paisagem...
Meu caro MCR:
A lista de telefonemas que todos fazemos, está disponível, virtualmente, nas catacumbas informáticas da PT.
Um técnico disposto a arriscar e ver, vê, se quiser.
Haverá algum controlo eficaz naquele Leviathan?
Não me parece.
COmo também não há nas centrais de recolha de dados pessoais que são muitas e boas, nesta santa terrinha que se vai habituando a um Brother que dantes era apenas uma máquina de escrever e agora é big comó caraças!
Então avancemos mais um pouco:
Se por acaso soubesse que os seus registos tinham ido parar a mãos erradas por erro de quem os devria guardar e por negligência não guardou, que pensaria em primeiro lugar?
No que mandou e cometeu o erro primeiro ou naquele que efectivamente divulgou o que nunca deveria ser divulgado?
Acusaria e puniria mais depressa o que errou ao mandar o que não devia tendo-o feito sem malícia ( malice) ou antes chamaria à pedra o chico-esperto que sob a capa da hipocrisia mais faisaica, anunciaria o erro do outro e aproveitaria para o explicar tin tin por tintinn, publicando o que de outro modo nunca o seria?
Eu faço a justiça de o julgar com inteligência acima da média e por isso, peço que reflicta um pouco nisto que escrevi. E se tiver algum nexo, diga.
A frase de Barreiro "Transformar o caso Casa Pia em Camarate 2" diz tudo.
Caro José: Por mais voltas que se dê, se não se conseguir responder às questões colocadas por M.C.R não se vai a lado nenhum.As questões de princípios leigais têm de ser salvaguardadas por quem tem como dever, defender a lei. Não podem ser tratadas como questões da meteorologia. È preciso dar reposta a essas questões. O comunicado dos advogados coloca uma outra questão: a de separação de poderes. Mas o que refere M.C.R. permanece como questão incontrolável. Também não há democracia, se a questão colocada por M.C.R não tiver resposta.
E já reparou como os respectivos sindicatos trataram as duas questões?!...
Estamos apenas no adro. A procissão ainda tem de percorrer um longo caminho.
MCR, nao entendo bem a sua indignaçao, ou perplexidade, pois que a investigaçao para esclarecimento das quest~~oes que toda a gente quer ver esclarecidas esta a ser feita e por quem e onde deve ser feita! alias no comunicado refere-se isso mesmo - v. pontos:
(2) Essa incompetência parlamentar absoluta é ainda mais evidente tratando-se, como é o caso, de discutir as condições sobre as quais foi produzido, obtido, conservado, acedido e manipulado um documento de um processo criminal pendente.
(3) A situação assume foros de intolerável, a tratar-se de um acto de intervenção política numa matéria sobre a qual, e é disso que se trata, já foi determinada, pelo colectivo de juízes, a efectivação de uma averiguação e perícia por entidade independente, tendente a apurar a fidedignidade do documento em causa e as condições em que se procedeu à divulgação pública do mesmo
(9) Os advogados da Casa Pia aguardam que no foro judicial, por ser o próprio, se obtenham conclusões jurídicas sobre a matéria em causa, fora de quaisquer condicionantes de cunho político.
(10) Cumpre lembrar que, tanto quanto é dado saber, corre actualmente um processo quanto a este incidente, o que ainda torna mais inaceitável a discussão do caso em sede parlamentar: se neste caso houver, ou vierem a haver, ilegalidades, irregularidades, abusos, ou crimes, então que sejam conhecidos, julgados e punidos, mas por quem de Direito, na forma própria.
As questões de M.C.R. (Como aparece esta lista? Há mais listas? É hábito haver listas destas?) são pertinentes, se disserem respeito a processos judiciais. Aliás, uma outra deve ser acrescentada: Que utilização é dada a esta(s) lista(s)?
É evidente que há mais listas: a PT e as restantes operadoras móveis têm informatizadas inúmeras “listas”. O mesmo se diga da Brisa/Via Verde, da TVcabo, da SAPO/ADSL, etc.
Em todos estes casos, presumo que teremos funcionários destas empresas com acesso ao dados, desconhecendo eu que haja qualquer lei que regulamente, por exemplo, o recrutamento dos funcionários em questão. Quando a lista está nas mãos de entidades privadas, isso não preocupa a Assembleia da República.
Esta lista, de entre as muitas que, forçosamente, existem, foi parar a um processo e este facto confere pertinência às perguntas de M.C.R., sobretudo porque o processo transformou-se na “janela” pela qual fugiu a lista.
Não podem ser juntos ao processo documentos “ao quilo”, sem um rigoroso controlo do seu conteúdo, quando se sabe que, a prazo, todo o processo judicial é público e que, por essa via, a prazo, está-se a permitir a divulgação pública de tais documentos.
Dito isto, não deixa de ser tão ou mais preocupante do que esta displicência no controlo dos documentos juntos aos autos a iniciativa da Assembleia da República.
Como é evidente, a Assembleia da República deve pedir contas ao Ministro da Justiça e este, por seu turno, ao PGR. Mas a maioria parlamentar é socialista, não ficando bem “puxar as orelhas”, na prosaica expressão já aqui utilizada, ao seu ministro socialista...
Querida K e queridos amigos: quis custode ipsos custodes? Ou: quem guarda os próprios guardas?
Depois: há listas que nada protege. Essa do encriptamento foi já explicada pelo Pacheco Pereira na sábado.
Mais: haja ou não um processo há coisas intoleráveis e elas são as listas.
Repito as listas.
Num caso desdes não há separação de poderes que nos valham ou lhes valham a eles, juizes, procuradores, vítimas, advogados das ditas todo o exército. Alguém tem de bater o pé a isto.
Mais: afinal a lista não apareceu por milagre. Foi pedida pela primeira vez pela srª porocuradora Cristina Faleiro a 10 de Abril. E a PT tinha a lista pronta um dia antes de seguir 2º pedido para a PT.
Isto significa que o primeiro comunicado do sr PGR não tem base em factos verdadeiros bem pelo contrário.
Isto significa que ou o sindicato é tonto ou foi enganado. A conspiração que existe, se existe, existe dentro da PGR e não fora...
Pior: então algum dos meus caríssimos amigos acha que é boa táctica o acusado ser o investigador da acusação?
Suponham por favor que me acusam de pedofilia. Vai daí Sexa o PGR manda que eu investigue a própria acusação contra mim!!!
E falam-me de processo? De segredo do processo, de invasão no terreno sagrado da justiça?
Falam-me de entidade independente? independente de quê?
E acham quw o Parlamento, a mais democrática instituição num país democrático, deve fechar os olhos, tapar os ouvidos e pôr um adesivo na boca?
Meus caros: isto é terrível...isto abre as portas a todos os velhos fantasmas do autoritarismo, do haja quem mande, dos saudosos do antigamente que era quando nada se sabia, nada se passava, nada acontecia.
Isto faz lembrar a cena da "Casa de Bernarda Alba" quando a mãe destroçada pelos amores e paixões das filhas e pelo fim horrível que se adivinha, grita a plenos pulmões "Aqui não se passa nada".
Desculpem. Nem que fique sozinho a gritar no deserto: Aqui passa-se qualquer coisa.
Como por exemplo o ovo da serpente prestes a rebentar.
Caro MCR:
Não me parece que haja qualquer ovo de serpente a rebentar por aí. Até gostaria que estivesse, pois o magnífico filme de Igmar Bergman, ainda não está disponível em dvd acessível e ando à procura do mesmo já há algum tempo.
Quanto à listagem, acabo de ouvir o PGR na AR a dizer que não houve escutas ou pedidos de listas de telefonemas, sem o aval prévio de um magistrado. Ponto, quanto a essa questão que também levantou.
O segundo é o mais prático.
Já por aqui se glosou e explicou o assunto e o caro MCR vem citar-me o Pacheco Pereira? No artigo da Sábado?! Ora, caro MCR. O Pacheco Pereira anda a dizer e a escrever coisas que lhe vão cair em cima.
E uma delas é a confusão que estabelece com as funções específicas da procuradoria e as funções do MP. E no programa Quadratura do Círculo disse que teria que investigar se não teriam existido abusos de poder na "procuradoria" quanto a estes assuntos.
Não é possível discutir estes assuntos, sem se saber o que faz a "Procuradoria" e o que faz o MP de outras procuradorias.
Não é possível discutir isto sem se saber o que significa "avocar" ou seja, qual o significado prático em termos de lei processual penal que temos e o que resulta do Estatuto do MP.
A responsabilização de quem pede a lista telefónica ou manda fazer escutas, deve fazer-se directamente ao procurador geral, a que título? Por ser PGR?!
Por ter "avocado"? Quando é que avocou?! FOi o PGR quem mandou ou pediu a lista ou a escuta concreta? Competia-lhe a ele controlar isso?
E o papel do JUiz de Instrução que é incontornável neste caso e noutros semelhantes e coloca em causa directamente o poder judicial independente dos juizes ( et pour cause)?
Caro MCR
li o seu coment em diagonal, pois estou a tentar dar alguma atençao (coisa, alias, assaz dificil) ao Vitalino Canas, que ha para ai uns 20 minutos perora na ARtv tentando formular uma(s) pergunta(s) genericas (eh eh eh) ao PGR.
Mas sempre lhe digo: o Pacheco Pereira explicou???!!! mas ele tem acesso aos dados? entao porque nao foi ele hoje a AR em vez de ir o PGR? Ora francamente, MCR... :(
Quanto a noticia do Publico que alardeava ter a PT iniciado a recolha de dados em data anterior a recepçao do despacho que a solicitava, foi de imediato peremptoriamente desmentida pela PT!!!
MCR MCR...nao sabe o amigo que o que os jornais dizem hoje desmentem amanha? Tem de rever a selecçao das suas fontes! E nao se precipitar, como o seu Alegre candidato (ai ai que afinal ja nao sei se no domingo vou conseguir engolir esse sapo...)!
Meu caro M.C.R.:
Aquilo que Jorge Coelho disse emn directo no programa onde estava também o Pacheco Pereira, É MUITISSIMO MAIS grave do que tudo o que pode suceder a propósito deste caso.
Toda a gente sabe o que isso quer dizer.
Mas verifico que não lê o que escrevo...aahahahahah! Ainda bem, se calhar. AHahaha. Bom fim de semana.
Caros amigos, já quase me falta a paciência para falar deste assunto. Tão grave, afinal.
Não resisto, contudo, a vir aqui lamentar as posições assumidamente corporativas que não conseguem ir para além dos fundamentos pré-formulados.
Pergunta bem MCR: "e as listas"?
Pergunto eu: É natural que os advogados da Casa Pia, uma instituição do Estado, critiquem a Assembleia da República e o PGR, membros de órgãos de soberania, pela sua actuação?
E o MP e os juízes nunca têm responsabilidades? E a culpa é sempre dos políticos e dos "poderosos"? Onde está o famigerado complot para eliminar a autonomia do MP? Quem teme o fim dessa autonomia fá-lo por preocupações sérias com a administração global da justiça ou apenas por razões corporativas? Por que é que parece (sempre pareceu)que os políticos tinham que sair chamuscados do processo Casa Pia? Por que é que os magistrados vêem sempre nos políticos uma classe a abater?
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