Caro Amigo:
Fez bem e fez mal em não aceitar o meu convite para uma feijoada que estava muito perto da perfeição absoluta feijoeira.
E fez mal por isso mesmo. Esta feijoada realizada com todos os precisos e matadouros da regra e mesmo com alguns toques inovadores ( tinha não só duas farinheiras mas também uma cacholeira mui digna de se comer) feita pelas mãos milagreiras de "Doris Ibarruri cartomante velocipédica" (a referida com estes ou outro mimos é a minha mais que tudo) com a minha modesta contribuição quanto ao arrozinho (que não se deixou ficar mal, passe a imodéstia...). acompanhada por um tinto alentejano com o meigo nome de "virtude" produzido numa tal "quinta do meio" deixou-nos de rastos. Vou ferrar-lhe uma bela sesta tanto mais que, como lhe disse, votei às 10 horas e 4 minutos (perdoará este ligeiro atrazo em relação ao amnunciado na minha resposta ao seu comentário mas havia muito transito). Portanto não será por mim que o Manuel Alegre lá não vai.
E fez bem porquê? Porque com o seu deplorável hábito de votar depois de almoço já não votava: iria que nem um tiro ferrar o galho porque isto de feijoadas à transmontana com um toque de loucura criativa dão cabo do canastro a qualquer cristão quanto mais a um carteiro romântico. Inda por cima se este remédio se afigurasse fraco eu depois tinha por cáuns alcoois de malte para o fazer chegar ao KO final. Tudo por uma boa causa que era impedir o meu preclaro Carteiro de votar mal.
V. manhosamente terá adivinhado a mão traiçoeira atrás dos feijõezinhose à cautela (cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém...) e agradecendo muito, como pessoa educada que é, escafedeu-se...
Pronto, está escrito o recado. Agora é só esperar pelos resultados. Não que a minha esperança seja excessiva. Não é. Mas como todos os românticos da minha geração, cá bem no fundo, há uma t´rnue luz de vela que espreita uma eventual e inesperada vitória. Se isso ocorrer serei magnânimo e não lhe mandarei nenhuma piada. Se o conrário se verificar serei um mero democrata: fica para a próxima!
Li o texto do nosso querido compadre Esteves. Está macambuzio o homem! Ó compadre, arrebite! Isto ainda não é o fim da picada! Calma no Brasil que Portugal ainda é nosso. Quem passou o que passamos ainda tem muito mar pela frente. Se não se pode ir com vento de feição. vai-se à bolina.
E finalizemos com a nossa Kami: um beijão companbheira, vote onde votar. E olhe que de facto V. faz belíssimas fotografias. Mande mais...
Finalizemos outra vez com a nossa Sílvia: ferrar uma sesta ou ferrar o galho são sinónimos grosseiros de dormir. E qualquer um dormiria atestado como estou de feijão e briol de boa cepa.
E fez mal por isso mesmo. Esta feijoada realizada com todos os precisos e matadouros da regra e mesmo com alguns toques inovadores ( tinha não só duas farinheiras mas também uma cacholeira mui digna de se comer) feita pelas mãos milagreiras de "Doris Ibarruri cartomante velocipédica" (a referida com estes ou outro mimos é a minha mais que tudo) com a minha modesta contribuição quanto ao arrozinho (que não se deixou ficar mal, passe a imodéstia...). acompanhada por um tinto alentejano com o meigo nome de "virtude" produzido numa tal "quinta do meio" deixou-nos de rastos. Vou ferrar-lhe uma bela sesta tanto mais que, como lhe disse, votei às 10 horas e 4 minutos (perdoará este ligeiro atrazo em relação ao amnunciado na minha resposta ao seu comentário mas havia muito transito). Portanto não será por mim que o Manuel Alegre lá não vai.
E fez bem porquê? Porque com o seu deplorável hábito de votar depois de almoço já não votava: iria que nem um tiro ferrar o galho porque isto de feijoadas à transmontana com um toque de loucura criativa dão cabo do canastro a qualquer cristão quanto mais a um carteiro romântico. Inda por cima se este remédio se afigurasse fraco eu depois tinha por cáuns alcoois de malte para o fazer chegar ao KO final. Tudo por uma boa causa que era impedir o meu preclaro Carteiro de votar mal.
V. manhosamente terá adivinhado a mão traiçoeira atrás dos feijõezinhose à cautela (cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém...) e agradecendo muito, como pessoa educada que é, escafedeu-se...
Pronto, está escrito o recado. Agora é só esperar pelos resultados. Não que a minha esperança seja excessiva. Não é. Mas como todos os românticos da minha geração, cá bem no fundo, há uma t´rnue luz de vela que espreita uma eventual e inesperada vitória. Se isso ocorrer serei magnânimo e não lhe mandarei nenhuma piada. Se o conrário se verificar serei um mero democrata: fica para a próxima!
Li o texto do nosso querido compadre Esteves. Está macambuzio o homem! Ó compadre, arrebite! Isto ainda não é o fim da picada! Calma no Brasil que Portugal ainda é nosso. Quem passou o que passamos ainda tem muito mar pela frente. Se não se pode ir com vento de feição. vai-se à bolina.
E finalizemos com a nossa Kami: um beijão companbheira, vote onde votar. E olhe que de facto V. faz belíssimas fotografias. Mande mais...
Finalizemos outra vez com a nossa Sílvia: ferrar uma sesta ou ferrar o galho são sinónimos grosseiros de dormir. E qualquer um dormiria atestado como estou de feijão e briol de boa cepa.
6 comentários:
Que rico dia, caro MCR!
Ainda bem que não fui, que eu nunca fui homem de almoços e muito menos bem regados. A essa hora, basta o cheiro para me dar cabo dia: quase adormeço.
Sou um tipo de jantares. E, aí, sou um bom garfo, aos fins de semana, quando estou mais distendido.
Presumo que o seu dia só não terá corrido melhor, porque foi Cavaco à primeira. mas deixe lá: o homem vai valer a pena.
Está a ver, Carteiro, a nossa diferença: eu dempre me levantei cedo apesar de durante mais de vinte anos me deitar sisstemáticcamente tarde e nunca adormecer antes das quatro...
V., pelos vistos, acha que o meio dia é madrugada alta. Olhe que o Cavaco tem ar de madrugador.
como V. diz e bem perdi as eleições. E nestas só há um lugar bom: o primeiro. O resto é poesia endecassilábica para malta que corta um cabelo em quatro. Perdi, pronto. não estou contente mas que remédio - a democracia tem destas coisas.
Cavaco já me mostrou o que vale no dia em que se demitiu de 1º Ministro. Poder-se-á dizer que foi que escolheu o timing. Talve. NMas as circunstancias estavam todas reunidas para o efeito derrota do PSD. Agora volta aureolado pelo silêncio de meia dúzia de anos e uma forte ideia sebastiânica de que pode mudar alguma coisa. Não pode. O nosso caro Nocodemos mais acima diz Viva Portugal. Nisso estou de acordo mas o país viveria ou sobreviveria rigorosamente da mesma maneira com qualquer outro presidente da republica.
Enfim agora resta-nos assistir.
Mas repito: mesmo com o meu candidato em 2º perdi as eleições. Redondamente. Nisto tanto faz ser segundo como último.
Beber ou não beber durante o dia não tem a ver com a hora do despertar, embora eu não seja, de facto muito madrugador a não ser quando tem mesmo que ser, que os senhores magistrados não esperam nem eu sou homem de atrasos.Sou das poucas pessoas pontuais que conheço. O problema é que, para além de não beber, também não como. ~Questões de hábito! Ou de stress. Só isso justifica que eu só verdadeiramente me entusiasme com a mesa aos fins de semana ou nas férias.
E CAVACO nunca se demitiu de primeiro-ministro: levou o cargo até ao fim, coisas que não aconteceu com todos os que vieram a seguir: Guterres e Barroso porque não quiseram; Santana, porque não o deixaram. Veremos Sócrates...
De qalquer forma, estes resultados não são um bom indicador para o PS, lá isso não são...
Eu que também prefiro jantares, gosto muito de almoços aos domingos. Almoços tardios. : )
Teria gostado ainda mais de conhecer a feijoada transmontana e o vinho. : )
Abraços,
Silvia
Almoços e jantares é comigo.Desde há muitos anos que tenho dois grupos com quem almoço ou janto. Um, é de pessoas ligadas ao JN. Praticamente todos os meses almoçamos numa prolongada conversa sobre tudo e o que há de mais entusiasmante: mal-dizer subentendido, critica a outros amigos, às instituições, a tudo o que aparecer na frente. O 2º grupo é de gente mais velha que eu: aparece um antigo meu professor, e vários amigos da esquerda para a direita, do clero à plebe,antigos trotskistas, maoistas, sociais democratas e salazaristas. Ninguém discute politica. Falamos de mulheres com a saudade de quem já receia ficar mal e de livros. Um desses amigos, a quem chamamos comendador (distinção que lhe foi atribuída pela ruptura epistemológica que produziu, ao introduzir no LAR, onde todos vivemos, o papel higiénico em substituição do 1º de Janeiro) é o mais exuberante. Não admira,foi o melhor aluno que passou pelo LAR e é um bem sucedido engenhº!
Esta gente é a minha segunda família. Espera por nós o TITO, em Matosinhou ou em Leça. Mas também vamos à feijoada do Manel do Redondo ou à posta arouquesa no Almirante, em Amarante. Preciso de terminar: já estou (pavlovianamente) a produzir saliva a mais.
Ah g'and'a malandro!...
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