Ainda na semana passada, a título destacado na 1ªpágina, o Expresso proclamava urbi et orbe a sua certeza (ainda que do artigo de Ana Paula Azevedo, no mesmo jornal, nada constasse que justificase a conclusão/título):
"Souto Moura sem perdão"!
Hoje, José António Saraiva, o até há bem pouco tempo director daquele semanário, escreve, sintomaticamente , o seguinte:
Linchamento
Na última semana houve mais uma tentativa de linchamento do procurador-geral da República. De facto, ainda não se tinha percebido bem a história do " envelope 9" nem as responsabilidades dos intervenientes no assunto, e já um coro de vozes pedia a cabeça de Souto Moura. Os socialistas não lhe perdoam o o caso Casa Pia e farão tudo para o abater, nem que seja no último dia do mandato. A posição do Presidente da República tem, contudo, de ser outra. A demissão de um Procurador é um acto gravíssimo que só pode acontecer em circunstâncias extremas. E nunca sob pressão dos «media» nem de um partido político. Claro que Souto Moura é um ser inábil e que nem tudo corre na perfeição no Ministério Público. Mas também é bom não esquecer que, enquanto o seu antecessor, Cunha Rodrigues, empatou inúmeros processos, Souto Moura avançou com os casos Vale e Azevedo, Pimenta Machado, Casa Pia, corrupção na GNR, "Apito Dourado", Portucale, "Opceração Furacão", Felgueiras e Isaltino. Que sinal daria a destituição de Souto Moura agora? Que o ideal é não fazer ondas?
21 janeiro 2006
"EXTRORDINÁRIO"!!!
Marcadores: kamikaze (L.P.)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Penso que Cunha Rodrigues foi um excelente PGR.
Depois das notícias sobre o actual PGR durante a sua vida estudantil sinto-mer coacto pelo que não voltarei a referi-lo pois não gostaria que incidentes de há quase quarenta anos influenciassem o meu ponto de vista.
Enviar um comentário