Pacheco Pereira publicou (significativamente) na editora que Zita Seabra dirige, o livro “Quod erat demonstrandum”.
O livro reproduz os seus comentários políticos e pretende ser uma espécie de “escrita de contacto”, publicando o que pensa em cima dos acontecimentos.
Sempre pensei que Pacheco Pereira diz o que pensa o senso comum mais esclarecido, com o inconveniente de “puxar as brasas para a sua sardinha”, como diz o ditado.
O livro é muito datado e não é com esta sua última produção que, finalmente, conseguirá ficar na história.
Se o marketing que o apoia continuar eficiente, o (bem visto) Pacheco Pereira ainda terá direito a uma nota de rodapé na história do tempo em que vivemos.
O beneficio não será de Pacheco Pereira, mas da mania de colocar notas de rodapé.
27 janeiro 2006
O estilo promove o homem
Marcadores: Primo de Amarante (compadre Esteves-JBM)
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5 comentários:
Tenho lido com toda a ateenção "Cunhal, uma biografia política".
fui como alguns dos meus amigos bloguistas sabem familiar de um militante relativamente importante do PC (nos anos 40) e que continuou a alimentar a caixa do partido até Abril de 74. Era um homem com uma grande cultura e um apurado conhecimento da história do PCP e sobretudo da hhistória das Internacionais, e do Kominform.
lidei fde perto e apurei a orelha com destacados membros e ex-membros do sector intelectual (Joaquim Namorado por todos) e recordo as histórias que me contavam. Por tudo isto entendo que PP tem até ao momento escrito uma muito boa história do PCP e incidentalmente da nossa esquerda. Isso caro compadre até haver melhor fica na história da nossa cultura política.
a latere: PP como pessoa é-me praticamrente desconhecido. Havemos de ter conversado duas ou três vezes e quase de raspão. Leio-o de vez em quando e não me produz especial urticária. Por vezes até consigo estar de acordo com parte do artigo em apreço.
Mas apesar disso, continuo a pensar que quando escreve a sério como historiador é bastante fiável.
O "bastante" caracteriza tudo.
Caro Compadre: eu não tenho uma graaaande simpatia pessoal por Pacheco Pereira, que, quando fala ou escreve, denota sempre alguma sobranceria intelectual. Mas o homem tem qualidades, lá isso tem...
Eu não digo que ele não tenha qualidade, mas que a qualidade que ele tem é semelhante à qualidade de muita boa gente que anda por aí, sem os holofotos que ele tem.
O meu ponto de vista está claro. Podia acrescentar mais, pois sou do tempo dele na faculdade e fizemos cadeiras ao mesmo tempo.
Mas, quem estiver bem atento ao que ele diz, percebe que há uma "chapa batida".
O ele não aceitar o cargo na Unesco, penso que era a solução que lhe restava e, por isso, não me diz nada. Tinham muito mais categoria outros que também foram convidados e não aceitaram. Como, p.ex. o antigo ministro da cultura do PSD.
Quem era esse antigo ministro do PSD?
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