27 janeiro 2006

Mozart (1756-91)

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu a 27 de Janeiro de 1756 em Salzburgo, há 250 anos.

Aos três anos tirava melodias no cravo e chorava quando alguém tocava alto demais ou de forma dissonante. Aos quatro anos, sabia tocar cravo e violino fluentemente. Aos cinco começou a compor minuetos e outras peças.

Os seus dons preocupavam a família e o pai preferia que tivesse uma outra profissão e soubesse poupar o dinheiro. Mas, Mozart era incapaz de gerir as suas finanças: tudo o que ganhava gastava-o rapidamente.

Gostava de viajar e na vida adulta mudava constantemente de residência. Quando tinha doze anos, já havia visitado doze países, proposto casamento à rainha Maria Antonieta da França que respondeu, sorrindo: “peça-me de novo, quando for mais velho”.

Diz-se que viveu a sua vida em carruagens, hospedarias e nos salões das cortes.

Escreveu música para dança, peças didáticas, sinfonias, concertos, áreas para óperas, todos os géneros musicais do tempo. Toda a gente se lembra de “As bodas de Fígaro, Don Giovanni e Flauta mágica”.

Os seus últimos anos, apesar de musicalmente ricos, passaram-se entre dívidas e numa extrema pobreza.

Morreu aos 35 anos, na madrugada de 5 de Dezembro de 1791.O seu corpo foi enterrado no pequeno cemitério de Sankt Marx, nos arredores de Viena, numa vala comum, tal como eram sepultados os indigentes.

Um dos seus biógrafos descreveu-o como "o músico mais consumado que jamais viveu". Quem gosta de música, sabe que isso é verdade.

3 comentários:

Amélia disse...

Mozart no céu


NO DIA 5 de dezembro de 1791
Wolfgang Amadeu Mozart entrou no céu, como um artista

de circo, fazendo piruetas extraordinárias

sobre um mirabolante cavalo branco.

Os anjinhos atônitos diziam: Que foi? Que não foi?

Melodias jamais ouvidas voavam nas linhas suplementares superiores da pauta.

Um momento se suspendeu a contemplação inefável.

A Virgem beijou-o na testa

E desde então Wolfgang Amadeus Mozart foi o mais moço dos anjos.



Manuel Bandeira,Lira dos cinquent'anos

M.C.R. disse...

como o compadre já deve ter notado por diversos textos meus aqui no incursões sou um fanático absoluto de mozart. Um mozartiano fundamentalista, um horror. E dos malucos: já tinha comprado há anos a integral da Phillips mas não resisti á da Brilliant Classics que recomendo vivamente não só pelo preço (99 euros=170 discos) mas por algumas das interpretações.
Mozart, discípulo (!!!???) de Haydn a quem dedicou uma peça genial que fez o velho mestre comover-se e declará-lo o "maior" mas também um vero antepassado musical, com os necessários distinguos, de Beethoven que, aliás, o admirava.
Para quem não conheça vale a pena ler a biografia que dele faz Stendhal. Ou como o autor da "Cartuxa de Parma" se encontra num paraíso secreto com o compositor de "cosi fan tutte"

M.C.R. disse...

como o compadre já deve ter notado por diversos textos meus aqui no incursões sou um fanático absoluto de mozart. Um mozartiano fundamentalista, um horror. E dos malucos: já tinha comprado há anos a integral da Phillips mas não resisti á da Brilliant Classics que recomendo vivamente não só pelo preço (99 euros=170 discos) mas por algumas das interpretações.
Mozart, discípulo (!!!???) de Haydn a quem dedicou uma peça genial que fez o velho mestre comover-se e declará-lo o "maior" mas também um vero antepassado musical, com os necessários distinguos, de Beethoven que, aliás, o admirava.
Para quem não conheça vale a pena ler a biografia que dele faz Stendhal. Ou como o autor da "Cartuxa de Parma" se encontra num paraíso secreto com o compositor de "cosi fan tutte".
Ia voltar a postar um poema de Manuel Bandeira já aqui publicado numa das primeiras farmácias de serviço mas a nossa Amélia antecipou-se. que bom!...