Apetece-me ir por aí, contigo, numa viagem, já não aquela ao Peru que combinaste com a Luísa, onde há insectos grandes e bichos feios e maus, tarântulas e cobras e outras coisas que, agora sei, tu tratas por tu e por isso deves ter ficado horrorizada com a minha cara horrorizada quando eu disse que afinal já não queria que me levassem. Lembras-te?, foi ainda naquela meia hora em que eu ainda não te tinha visto antes de ter ver e de ter acontecido o que aconteceu. Apetece-me ir por aí, de carro talvez, num regresso ao prazer das viagens de carro sem tempos marcados e de paragens suaves, intermináveis viagens mesmo quando acabam porque nunca acabam quando se chega - eu prometo que arumo o carro, até juro! -, desde que atravesse a fronteira onde os passos são mais livres e a liberdade é mais tola, eu eu possa dar-te a mão e sentir a tua mão e ter a tua cabeça no meu ombro e beijar a tua boca e a tua boca outra vez e ir por aí contigo, minha querida, numa viagem...
04 janeiro 2006
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2 comentários:
Viajar faz bem à alma
à minha alma fará bem, certamente. Mas não qualquer viagem. Um destes dias explico por quê. Num escrito intimista, pois claro...
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