22 fevereiro 2006

Aviso a tempo e por causa do tempo

Apanho boleia deste título do Vítor Silva Tavares para telegráficamente solicitar essa coisa mínima e miudinha que é a de não fazer de uma tempestade normal e eventualmente útil um tsunami. Calma no Brasil que o Algarve ainda é nosso! Isto não é mensagem cifrada para a Sílvia (e se fosse alguem tinha alguma coisa com isso?) mas apenas lembrar ás pessoas que não se pode deitar fora a água do banho com a criança dentro. Ou seja: parece-me suficientemente discutido o tema liberdade de caricaturar e liberdade de ripostar. Sobretudo se tivermos em mente que quem escreve um postal o faz honradamente sem intuito de ofender os colegas e amigos. Eu mesmo já aqui pedi desculpa a um "intrometido" porqure me pareceu ter usado de violência demasiada numa resposta a um comentário dele. O "intrometido" leu e disse que não se sentira ofendido coma as minhas palavras que ele classificava como um pouco acalorados (o que até nem é mau neste inverno do nosso descontentamento...). Ficarei triste (mas sobreviverei) se alguém sair por motivos destes. Nós humanos temos língua para falar, cérebro para entender e trinta ou quarenta séculos de cultura judaico-cristã, tintada de latinos e gregos, para nos entendermos a aturarmos. A discordância é fonte de luz e de civilização. O anátema, venha do Papa ou dum mollah medieval, é sempre uma desnecessária violência. E inútil. E contraprocedente!!
Somos todos crescidinhos (eu então nem se fala...) para não andarmos a jogar aos quatro cantinhos. E já agora: aqui não se põem lugares á disposição.
E basta... Por mim acho que já disse tudo o que tinha a dizer. Entretanto irei até ao Norte ver como param os ciclóstomos de que falava o José. Estas discussões abrem-me cá um destes apetites.
E a Sílvia que não se ria: um dia destes aparecemos-lhe todos ou alguns lá no Rio e então é que vai ser um fartote de caruru, vatapá, bóbo de não sei quê e tudo o resto. Tá, Sílvia?
sempre vosso, mcr
Se houver gralhas desculpem as desgraçadas que eu escrevi isto de rajada e directamente.

12 comentários:

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Post (também) subscrito por este incursionista que se assina, JCP.

C.M. disse...

"AMEN"!

Kamikaze (L.P.) disse...

DOMINUS TECUM...:)

O meu olhar disse...

Concordo caro MCR!
Acrescento que se não aproveitarmos para aprender, este episódio pode tornar-se num problema e de problema passar a drama.
Gostaria de vos transmitir que eu aprendi, pelo menos assim penso.

Kamikaze (L.P.) disse...

Enviado hoje por email pelo "Compadre Esteves" (publicado aqui com a sua autorizaçao)

Querida Amiga Kamy:

Eu não mudei o link. O que aconteceu é que escrevo no blog "margemesquerda", onde uso o pseudónimo (?) Primo de Amarante, e automaticamente o pseudónimo que uso neste blog passou para o Incursões. Mas não foi por qualquer determinação ou intenção minha. As razões que me levaram a "abandonar" o incursões são, de certa forma, o desinteresse. Não me interessa debater, p. ex., se cortar cabeças no Iraque é mais importante que publicar cartoons ou responder a comentários como os que por vezes são utilizados, p. ex., pelo "intrometido". A isto junte algum desconforto por saber que fui convidado por Lemos Costa e este já ter abandonado o Incursões.
O meu modo de ver a vida e o mundo (o tal paradigma) tem eixos nos quais se apoia a vontade de escrever, debater ideias, etc. Um dos eixos é a solidariedade para com os pobres e os oprimidos; outro é a fidelidade ao dever de pensar pela minha cabeça e nunca me ver pela opinião dos outros.
Detesto o conflito e já tive vários neste blog, como a minha amiga (de quem eu tenho muita consideração) sabe. Sei que ia entrar em conflito com alguns“chatos” que apareceram no blog. E eu pura e simplesmente não estou interessado. Pesando prós e contras, achei, em consciência, que tenho outras coisas onde investir com melhores resultados para mim e para os outros.
Penso que sou uma pessoa de diálogo, era incapaz de mudar o link e muito menos fazê-lo para desconsiderar alguém.
Criei no blog uma grande empatia com algumas pessoas e isso manifestei-o oportunamente.
Digamos que pretendi em relação ao incursões um “divórcio” amigável. Espero que ninguém se zangue comigo. Não tenho questões pessoais contra ninguém: são só questões em relação a mim mesmo (ao meu ecossistema).

Um abraço,
JBMagalhaes - um compadre para todos os amigos (que esteve no Incursões)

Obs: isto não é uma confidência, mas um esclarecimento aberto (que pode ir para o Incursões) a todos os que desejem uma satisfação.

M.C.R. disse...

JCP: V. é um caracter! Um comovido e gratíssimo abraço
DLM e Kami: com que então mais latinório e de missa? a mim, um agnóstico, com 40 anos de prática? agnóstico (mna particular versão mcr);: pessoa que entende inútil a discussão sobre se há ou não Deus. Por isso não é ateu. Ateu (sempre sicut mcr) pessoa que nega a existência de Deus. Tarefa inútil e morosa.
Deus ou deus? a letra grande é uma cortezia. Só.
E agora? agora uma quadra da minha mocidade:
Para-raios na igreja
é para lembrar aos ateus
que o crente por mais que o seja
não tem confiança em Deus.

DLM: isto é uma quadra, não o início de uma discussão teológica!...

Muito cara O meu olhar:
porque é que v. há-de ter sempre tão bom senso? E porque é que eu nunca consigo dizer o mesmo em tão poucas palavras?

C.M. disse...

MCR: adoro estes seus "brocardos"...

Mas……………olhe que não fui eu que me melindrei com estes temas que o meu amigo invoca, pois não?......................HUM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

C.M. disse...

Querido Amigo: para mim não há temas tabu......................e por aqui fico...

C.M. disse...

O que se vai passar, meu caro Anto, é que ainda nos havemos de reunir todos, à volta da mesa, numa boa jantarada e, entre uns "puros", falar livremente e sem peias. Com amizade. Que é o elemento que dá sal á vida...

M.C.R. disse...

Ò desinfeliz (esta é para o Anto)

Põe um ovo (desculpa: queria dizer poema, desses magníficos do teu livro) e deixa-te de nhonhices. E avisa o Delfim da data da apresentação do teu livro em Lisboa que ele é muito dessa seita leitora.
e mais outro poema para o DLM (ó Delfim amigo, isto agora vai ser um fartote):

Não há luar como o de Janeiro
Nem lenha como a de azinho
Nem filhos como os do padre
que chamam ao pai padrinho!

C.M. disse...

Ah! seu maroto...

Então o Anto vem cá a Lisboa? Apresentar o livro? Da S.Social ou de Poesia? Ambos me interessam...

Ele que diga, sim, a data do evento...e se houver um cocktail...melhor!

É verdade, MCR: sempre fui à apresentação do livro da sua prima Maria Manuel. É cá um borracho!

Que prima! Levei cá um "chocho"!

Eu depois falo disto num postal, OK? que eu agora tenho de produzir uns pareceres, até por causa do SIADAP que a "o meu olhar" falou esta tarde. Um bom tema este, o do SIADAP para aqui no Incursões...hei-de fazer uns comentários "fracturantes" acerca do tema, quando tiver tempo. Agora vou continuar a produzir!

M.C.R. disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.