I
( na bateria )
dispara cuíca !
o grito que te eleva
na avenida :
apelo sem disfarce,
choro e gozo.
II
( na avenida )
há na ancas que requebram
ao som do tamborim
e do pandeiro,
o mesmo encanto
que passa todo dia pelas ruas.
nas ancas concentramos
a energia,
sobre saltos muito altos.
é na avenida,
iluminadas pelos holofotes,
que pensamos encontrar
a glória.
tomadas pela música,
pela percussão,
doamos o que temos;
e prometemos
o que não será cumprido.
silvia chueire
18 fevereiro 2006
carnaval
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Querida Sílvia, este seu poema, celebrador da época que se avizinha, fêz-me lembrar que a "Bunda" é aí paixão nacional…ou estou errado? O andar afrodisíaco das ancas ondulantes nessas praias aos pés da cidade plantadas…
Mas que pensamentos! A "culpada" é a Sílvia...
Ri-me do seu comentário.
Falei nas ancas porque no carnaval se requebra ao sambar. :)
Sílvia, como vê voltei sem ter ido a parte alguma, apenas afazeres familiares que aliás tiveram ~exito: temos cá em casa a minha mãe que foi convencida a vir passar umas semanas aqui a fazer fisiotrapia depois de ter partido um pulso. está na maior, quase que se esquece da bengala, comeu raia frita e feijoada á brasileira e anda a ler alguns livros da minha biblioteca. tudo isto para justificar a falta de presença. E um abraço pelo poema.
não ligue ao Delfim: muita avé maria muito pater noster noster e depois é o que se vê: o pecado da concupiscência...
: )
Enviar um comentário