"As pessoas que escrevem nos blogues, como muitas que escrevem nos jornais, como as que falam na televisão, dão aquilo que elas julgam ser opiniões. Políticos falhados, jornalistas frustrados e tanta outra gente completamente iletrada, que não conhece os assuntos, e podiam dizer aquilo, ou o contrário, que era igual ao litro" - Vasco Pulido Valente, in Notícias Magazine - Janeiro de 2004.
Depois de ler estas palavras de VPV, acabei por perceber a agitação que a sua entrada na blogosfera provocou. O abalo telúrico. O orgasmo colectivo. A bajulação permanente. A concordância absoluta com o que o homem escreve. A palavra de deus. Com VPV, a blogosfera mudou. Como são diferentes os jornais onde VPV escreve e as TV's onde perora. Por isso, a blogosfera deixou de ser nossa - dos iletrados, dos falhados e dos frustrados. A blogosfera chama-se agora VPV. Não tem lugar para mais ninguém a não ser, talvez, para Constança Cunha e Sá. Façamos as malas...
11 comentários:
Para mim, Vasco Pulido Valente pode dizer isso, ou o contrário, que é igual ao litro.
Mas, os meus compadres não sabem que VPV é completamente doido! Precisam e estórias!?...
Tenho que ter cuidado, caso contrário foi ficar traumatizado por causa de Sua Excelência o Senhor Ministro, perdão, o Senhor Escritor/Jornalista/Historiador Vasco Pulido Valente ( aqui não se pode ver a profunda vénia que ora faço...).
As crónicas de VPV, para mim, são das melhores que se podem ler nos jornais.
Por isso, o aparecimento dele num blog e a escrever da forma como o costuma fazer, só pode merecer encómios.
Por isso, deixei lá o seguinte comentário que reproduzo aqui:
"s blogs são um reduto de meia dúzia ( umas poucas centenas, vá lá...) de privilegiados pelo sistema educativo e pelo gosto em ler textos opinativos, com alguma informação à mistura.
Quanto à opinião, prescindo de ler a maioria da que se vai produzindo.
Presta pouco; é mal escrita e denota ignorância ou má-informação, numa boa parte dos casos. É fruto de diletâncias de indivíduos que em determinada altura, honrados pelos convites das luminárias que dirigem jornais, se julgaram aptos a catequisarem os indígenas.
Quanto à escrita e ao exercício prático, a qualidade é mediana com algumas excepções.
Uma delas, é exactamente a de VPV.
Escrever com estilo, não é o mesmo que debitar opiniões com outro estilo, mesmo caceteiro.
É pegar aí nos jornais e ler o que se produz no mercado da opinião.
Ler quem inventa novo uso para palavras esquecidas; quem adequa a semântica, tornando em moda certas expressões; quem sabe construir frases curtas e incisivas que dizem o que querem dizer e não se embrulham nas palavras.
Quem não aprecia isto, toma-me por mais um basbaque que vem para aqui tecer loas ao novo blogger, como se fosse o ídolo das matinées dos fim de semana em que se liam jornais.
Puro engano.
Escrever bem, é um dom. Não escreve bem quem quer, mas quem pode.
É uma arte, quoi! "
REPITO: Tenho que ter cuidado, caso contrário VOU ficar traumatizado por causa de Sua Excelência o Senhor Ministro, perdão, o Senhor Escritor/Jornalista/Historiador Vasco Pulido Valente ( aqui não se pode ver a profunda vénia que ora faço...).
( a miopia dá nisto...trocam-se as teclas....). Pronto(s). Agora já está corrigido. UF! Se o VPV vê estes erros!...
Aproveito para acrescentar que é interessante analisar as interpretações dos factos históricos pela lupa de VPV; como aquele seu livro que há tempo li, com muito "gozo" intitulado "Marcello Caetano: as desventuras da razão" (já agora, diga-se com um belo retrato de MC na capa a preto e branco...).
Mas tal não impede que se reconheça que o homem tem cá “uma pancada”...
Como diz CR, resta-nos fazer as malas, indignos escribas que somos...
dlmendes
Fico abismado com tudo isto:"Políticos falhados, jornalistas frustrados e tanta outra gente completamente iletrada, que não conhece os assuntos, e podiam dizer aquilo, ou o contrário, que era igual ao litro".
Evidentemente que sim.
Mas o mesmo se passa nas praças, nos cafés, nos locais de trabalho, nos restaurantes... eu sei lá!, onde toda essa e outras gentes falam, falam, falam...
São espaços que diferem do virtual apenas em dois pontos: não carecem da intermediação de um teclado (e o mais associado) e, em regra, não deixam registo escrito.
E depois?
O VPV deveria ter percebido que o problema não é de quem escreve.
É de quem lê!
É o ónus da inteligência na selecção.
O contraponto é a arrogância intelectual com um misto de lápis azul.
É certo que aquilo que VPV escreveu se pode aplicar a blogues, mas se olharmos com detalhe, também se pode aplicar a VPV (Politico falhado, arquitecto sem qualquer projecto, mas bom historiador). Talvez por reconhecer isso chegou agora à blogoesfera.
Este VPV não é arquitecto, mas historiador. O arquitecto Polido Valente é um óptimo arquitecto, com obra.
O VPV não tem comparação no que escreve. E o resto é conversa.
... nem mesmo o Oscar Wilde, diria eu, isabel, depois de ler o seu perfil...
VPV escreve muito bem. Parece-me indiscutivel. Tem opiniões. Idem aspas aspas.
Muda muitas vezes: Já é pior.
É capaz do melhor e do pior. A coisa aquece.
Está a piorar. É da idade.
Leva-se muito a sério: é esse o seu pecado absoluto e capital.
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