Ontem à noite - com rigor, na noite de Sexta para Sábado - passei pelo Triplex e pensei que gostava que o nosso companheiro José estivesse ali. Encontrei o Raposo Antunes e o Manuel Carvalho, ambos jornalistas distintos e gente importante na hierarquia do Público, e ficámos por ali a discutir o Apito Dourado (nada de violar o segredo de justiça, era o que faltava!), personagens do meio e a questão candente das relações entre a justiça e a comunicação social e até o Café da Paz de Alijó e as terras de Miranda e coisas de namoradas antigas, que têm mais a ver com Alijó do que com as terras de Miranda (do que te foste lembrar, Manel...). Gostava que o José os tivesse ouvido e às suas sustentadas dissertações sobre os abusos dos jornalistas, nas críticas que fizeram à profissão. Se o José os tivesse ouvido, teria percebido de uma vez por todas que os jornalistas não são uma corporação, que eles sabem que têm limites e que querem que os limites sejam clarificados. Claro que também houve muitas críticas à justiça, uma justiça que os três - e também o José - queremos que funcione e em que queremos confiar. Teria valido a pena, José.
12 março 2006
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6 comentários:
Pois bem,carteiro, pode estar certo que gostaria de estar presente.
E uma das coisas que ficariam esclarecidas era esta, simples e directa:
As corporações não são um mal em si mesmas e o espírito corporativo tem um lado altamente positivo: o que realça o brio e o empenho no exercício do respectivo mester ( ou múnus, para os menos sensíveis).
Logo, diria, como já disse, que nas corporações dos vários mesteres há bons profissionais e bom trabalho e quem o conhece melhor, será quem está por dentro desses mesmos mesteres.
Os resultados, porém, todos os vêem.
É desses resultados que costumo fazer apontamentos despretensiosos.Porém, sempre que vejo desacertos na avaliação de trabalho alheio, não gosto de ver e tento sempre corrigir o desequilíbrio dessa balança virtual. Se ainda por cima o desacerto é enviesado pelo desconhecimento evidente ou pela crescente má-fé rompante, mais vontade me dá de apontar as disfunções que consigo lobrigar.
Mas, afinal, não era mesmo assim que os poderes deveriam controlar-se, numa permanente interacção correctiva do que está mal para a comunidade?!
Coo vê, partilhamos os mesmos propósitos...
Este comentário deveria sair antes do comentário do josé. É que eu dizer que ele, o josé, é um excelente conversador, inteligente, culto e sensível. Aturou.me um par de horas no almoço do 1º aniversário e fiquei disso convencido.
De todo o modo o comentário dele acaba por ilustrar o meu.
Pois é, mcr, o josé é daquele tipo de pessoas que, depois de conhecidas, deixam saudades. Por todas as razões que aponta e pelobom humor com que sempre aturou as minhas provocações :-) Daí que eu me tenha lembrado dele na tal conversa.
Ahahahahah! Desvelaram-se nesses piropos agradáveis e a que qualquer pessoa é sensível, mas deixem que vos diga que já tenho idade para entender que a inteligência, seja de quem for, deve ser de molde a comportar a modéstia necessária( parafreaseando Orlando de Carvalho). Que procuro ter, porque já me conheço e tive o azar de olhar para standards demasiado elevados para os meus princípios de Peter.
Para além disso, tenho ainda a noção aguda que há por aí quem não grame por aí além, as minhas incursões a eito e sem jeito. O que aliás, respeito, porque não podemos agradar a todos e nem todos nos agradam também...
Por isso mesmo, procuro fazer destas incursões uma passeata em que vou debicando e petiscando também, ideias e frases construidas com nexo.
Sem grandes pretensões que não sejam deparar, por exemplo, com um dos textos fleuve do M.C.R. a mostrar o Quartier Latin como nunca o cheguei a ver e assim o posso rever... ou então ler uma das narrativas pessoais e intimistas do carteiro, para autobiografar um momento da vida.
Por outro lado ainda, sinto a falta por cá, do compadre que escrevia sobre filosofia para neófitos como eu.
E assim, fico à espera da incursão, para assalto ao prato dos ciclóstomos ou outro pescado ou caçado.
Marque-se! Previna-se! Espere-se!
Se puder ser, claro.
Mas já agora,e por exemplo, à medida que estou aqui a escrever, na RTP2 está a correr o programa Diga lá, Excelência, com Artur Santos Silva.
Há uns minutos atrás, a senhora que acompanha o jornalista José Manuel Fernandes, de seu nome Graça Franco, acabou de associar o blog "Queijo Limiano" ao "muito mentiroso" com o intuito óbvio de aviltar, no sentido de passar a ideia de que é blog de descrédito; de boatos e de maeldicência ( isto sou eu a dizer, porque a associação só pode querer dizer isso). Fê-lo para perguntar ao ministro se os blogs estavam sob a alçada da novel ERC.
Edificante, esta senhora Graça Franco!
Vou para a Loja...
Alertado, fui ver o que restava do programa. Já não foi muito. O que retirei? Nenhum dos intervenientes estava muito seguro do que dizia.
Eu ainda não li as alterações legais propostas, a não ser o que se pica aqui e ali nos jornais. Cá voltaremos.
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