Sócrates quer mais sacrifícios dos portugueses (notícia do PD)
O primeiro-ministro considera que os objectivos e medidas mais difíceis ainda estão por vir, como disse em entrevista publicada pelo Expresso, citada pela Lusa. José Sócrates reafirma querer reduzir este ano o défice de seis para 4,8 por cento.
No início do segundo ano do mandato do Governo, José Sócrates admite que «o mais difícil é o que [ainda] está para vir, o que falta fazer e não o que já está feito», rejeitando, no entanto, aumentos dos impostos «para além dos que estão previstos no Pacto de Estabilidade e Crescimento entregue em Bruxelas».
O primeiro-ministro considera que os objectivos e medidas mais difíceis ainda estão por vir, como disse em entrevista publicada pelo Expresso, citada pela Lusa. José Sócrates reafirma querer reduzir este ano o défice de seis para 4,8 por cento.
No início do segundo ano do mandato do Governo, José Sócrates admite que «o mais difícil é o que [ainda] está para vir, o que falta fazer e não o que já está feito», rejeitando, no entanto, aumentos dos impostos «para além dos que estão previstos no Pacto de Estabilidade e Crescimento entregue em Bruxelas».
Que dizer? Ok, José, estás à vontade. Nós não ficamos desiludidos porque já nos habituámos a fazer sacrifícios e a enfrentá-los com resignação. Mas, ainda assim, pergunto: para que vão servir tais sacrifícios?
Reparemos: quando não nos foram pedidos sacrifícios e andava tudo a viver como ricos, continuámos a ser um país pobre, bem longe da média europeia. Quando os sacrifícios começaram, continuamos a ser um país pobre, cada vez mais longe da média europeia.
Alguém falhou ao longo de todos estes anos. Alguém anda a governar-nos mal. Alguém tem andado a enganar-nos. Iludem-nos com obras faraónicas e simulacros de riqueza e, ao mesmo tempo, pedem-nos sacrifícios.
Ok, José, estás à vontade: vamos lá sacrificar-nos mais um bocado. A malta já aguenta tudo. Até um dia. O problema é que ninguém - eu, pelo menos - percebe para onde nos levam os sacrifícios. Tenho a sensação de que já nada resulta e que começa a ser indiferente fazer sacrifícios ou não. Porque tenho a impressão de que já conseguimos ir a lado nenhum. E que, quem nos governa, aponta um caminho como poderia apontar qualquer outro.
Mas, tudo bem, José. Nós já estamos por tudo... Que não doa muito, ao menos...
4 comentários:
Por mim, creio que deve ser a Administração Pública e o seu corpo de funcionários que irão ser expostos nos pelourinhos das cidades...
Caro Carteiro, vendo bem este seu postal...confesso que desconhecia esse "negócio" da "vaselina mentolada"...mentolada não sei para quê...Mistério!!
Mas já percebi que a finalidade é evitar a "dor" do nosso "Primeiro" quero dizer, a dor nossa que não a dele...
Aqui, no "Incursões"a máxima é sempre esta: aprender sempre!
Caro Cabral-Mendes: eu também não percebo esta da vaselina mentolada. Mas, cuidado! Não leia nas minhas palavras intenções obscuras, que só depois de o ler dei conta que eram possíveis... Não, não: eu estava mesmo a pensar na nossa dor...
Safa !
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