06 abril 2006

Angola

O primeiro-ministro e uma vasta comitiva de individualidades e empresários estão em Angola, procurando consolidar as relações políticas, culturais e económica entre os dois países. Ciclicamente, descobrimos um novo desígnio para os nossos investimentos no exterior e agora o que parece estar a dar é Angola.

Contudo, valerá a pena reflectir sobre aquilo que motiva os nossos empresários a apostar em Angola. Será uma estratégia ou um recurso? Daniel Deusdado colocou a questão de forma sagaz na última edição do “Expresso”, quando questionava o sentido do investimento naquele país: “Uma fuga para um território tecnologicamente menos preparado e economicamente menos competitivo? É um recuo para quem está com dificuldades no mercado português? Um território para garimpeiros de lucro fácil por via da corrupção? Ou uma via credível para aproveitar a “nova Angola”?”.

O esclarecimento cabal destas dúvidas é fundamental para compreendermos as razões deste apetite voraz pelo mercado angolano e para salvaguardarmos uma relação descomplexada e responsável entre os dois estados.

1 comentário:

M.C.R. disse...

Meu caro JCP os empresários vão ao cheiro do lucro. fácil? Melhor. O investimento nunca é uma acção piedosa. ao contrário de umas vozes bem intencionadas no Público, o capital português é igual aos outros. Tanto lhe faz que lá haja perseguições políticas, corrupção e partido único como não. há dinheiro? Há hipóteses de ir "garimpar"? Então vamos. E em força, como no antigamente...
em tempo: estou de alma e corasção com o jantar ou almoço comemorativo do 2º aniversário.