03 abril 2006

Aqueles que da lei da morte se vão libertando... (II)


Ontem, dia 2 de Abril, passou um ano sobre a morte, física, do último gigante do nosso tempo: Karol Wojtyla.

João Paulo II, que veio do Leste, recebeu uma Igreja cujo governo atravessava uma certa crise, presa na tensão entre os avanços do Concílio e a perda de identidade perante a modernidade.

E deu-lhe um novo rosto. Creio que o rosto autêntico: o de Cristo.


Para mim, que tive o meu despertar para Cristo com ele, e que percorri nestes últimos 25 anos uma muito particular “via crucis”, recordo que certamente graças à sua Palavra e ao seu Amor acordei de um tempo que, talvez devido a ter perdido toda a minha família de forma particularmente trágica, mergulhei durante largos anos num espaço e num tempo que não era deste mundo, e muito menos de Deus, alienado revolto sem sentido sem memória e sem esperança.

Desculpem aqueles a quem estas linhas porventura nada dirão. Trata-se apenas de uma pequenina homenagem. E faz-me tanta falta, este homem! Sinto-lhe a falta: é uma lacuna que hoje sinto, no meu dia-a-dia.
Mas tudo isto, porém, trata igualmente da História da Humanidade, feita de pedra e de espírito.
Feita, afinal, das nossas pequenas histórias pessoais.

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