Sou uma espécie de palerma de serviço, até porque não tenho nada a ver com o assunto, para além de ser advogado e ser um cidadão razoavelmente atento, mesmo quando ando distraído, como é o caso. E, então, que me dizem a isto de terem corrido com o Director Nacional da PJ?
Primeira questão: o Director decidiu cumprir a ameaça de bater com a porta, ou a porta bateu contra ele? Leio por aí que o Director ameçou demitir-se e acabou demitido.
Segunda questão: é verdade que a grande maioria da estrutura dirigente ficou? Falta de solidariedade com o Director?
Segunda questão: Alípio Ribeiro, actual Procurador Distrital do Porto, é o sucessor. Critério de escolha? Pois, não sei. Para além de ser de um homem de uma simpatia extrema, que pensa bem, que escreve bem, muito competente no ofício, que o terá levado a aceitar o que o seu antecessor não aceitou? Ou deram-lhe mais meios do que ao antecessor? Ou será uma questão de velha amizade com o actual ministro Alberto Costa?
E no Porto? Quem vai ser o sucessor de Alípio Ribeiro? Tanto quanto sei, Alípio Ribeiro coordenava o MP na Relação de Guimarães antes de vir para o Porto. Quem agora cumpre o desígnio é o fundador deste blog, Lemos Costa. Virá Lemos Costa? Ou será que o novo PGD virá a ser Alberto Pinto Nogueira, que esteve na calha aquando da escolha de Alípio Ribeiro?
Perguntas do cidadão comum. Claro. Melhor: de um cidadão comum que anda no mundo da Justiça.
Primeira questão: o Director decidiu cumprir a ameaça de bater com a porta, ou a porta bateu contra ele? Leio por aí que o Director ameçou demitir-se e acabou demitido.
Segunda questão: é verdade que a grande maioria da estrutura dirigente ficou? Falta de solidariedade com o Director?
Segunda questão: Alípio Ribeiro, actual Procurador Distrital do Porto, é o sucessor. Critério de escolha? Pois, não sei. Para além de ser de um homem de uma simpatia extrema, que pensa bem, que escreve bem, muito competente no ofício, que o terá levado a aceitar o que o seu antecessor não aceitou? Ou deram-lhe mais meios do que ao antecessor? Ou será uma questão de velha amizade com o actual ministro Alberto Costa?
E no Porto? Quem vai ser o sucessor de Alípio Ribeiro? Tanto quanto sei, Alípio Ribeiro coordenava o MP na Relação de Guimarães antes de vir para o Porto. Quem agora cumpre o desígnio é o fundador deste blog, Lemos Costa. Virá Lemos Costa? Ou será que o novo PGD virá a ser Alberto Pinto Nogueira, que esteve na calha aquando da escolha de Alípio Ribeiro?
Perguntas do cidadão comum. Claro. Melhor: de um cidadão comum que anda no mundo da Justiça.
6 comentários:
no Publico e na Lusa, entre outros:
«Segundo um comunicado do Ministério da Justiça (MJ), Alberto Costa informou hoje pessoalmente Santos Cabral que "por despacho conjunto do primeiro-ministro e do MJ foi posto termo à sua comissão de serviço [como director nacional da PJ] com efeitos imediatos".
"O Governo entendeu que a adopção e exposição pública por parte de uma entidade dele dependente de posições tendentes a condicionar a liberdade do executivo punham em causa a relação de confiança necessária entre tutela e dirigente", justifica o MJ.»
Nao sei se consta algo no site do MJ, ainda nao me dei ao trabalho de ir ver...
Ja quanto a substituiçao de Alipio Ribeiro na PGD do Porto nao me parece que seja questao que tire o sono ao comum cidadao...
D eAlípio Ribeiro só tenho boas informações. conheci-o no jantar que este blogue realizou na Católica e que foi seguido de uma prelecção dobre a história das prisões. amigos meus disseram-me que se tratava de homem competente, estudioso e enérgico. Nada mau.
Depois li o qque ele disse sobre escutas e actividades afins: aí comecei a simpatizar com a pessoa. O magistrado expunha-se, dava a cara, e acreditava no que dizia ou pelo era isso o que transparecia dos textos.
Claro que sem meios ninguém dá um passo. Espero que a ida do Porto para Lisboa tenha subjacente a esse enorme passo, os meios que dizem faltar à Judiciária. E que um magistrado oriundo da Procuradoria saiba disciplinar a polícia e conter o apetite por práticas investigativas menos curiais.
Finalmente, os mesmíssimos amigos de sempre fazem-me crer que o Dr Alípio Ribeiro não tem vocação para pau mandado nem para amigalhaço de ministros proonto a fazer fretes.
com esta esperança (que é muita...) daqui desejo ao novo director da judite sorte e... forza nel canut como dizem os catalães.
Diz o nosso Carteiro que “o Director decidiu cumprir a ameaça de bater com a porta, ou a porta bateu contra ele? Leio por aí que o Director ameaçou demitir-se e acabou demitido”.
Pois, a questão que nos deveria preocupar é esta: todos aqueles que entram num qualquer organismo estatal com o cariz da Polícia Judiciária ou de outro organismo similar – SEF, etc., saem de lá de alguma forma “chamuscados”. Lembremo-nos dos últimos Fernando Negrão e Adelino Salvado...
Tratando-se de Magistrados, o facto é grave. Não entendo como alguém, que exerce funções como órgão de soberania, se decide a prescindir da sua liberdade e independência, e se sujeita a receber ordens do poder político.
Quando as coisas correm mal, o inerente desprestígio recai não só sobre o próprio protagonista mas também sobre a Instituição a que pertence de origem.
Não sei se é a sede de poder, se a sede de protagonismo, não sei se é o gosto pelas viagens, pelo carro com motorista, não sei se é pelo gozo de chegar a um restaurante rodeado de gorilas...
A Santos Cabral, Juíz, creio bem que “a porta bateu contra ele”...
Relativamente ao novo Director indigitado, este bem necessita de boa sorte nas suas futuras funções, em casa tão difícil. Mas Alípio Ribeiro deve obviamente contar com um substancial apoio do poder político, tanto mais que, na entrevista que deu ao “O Primeiro de Janeiro”, que aqui a nossa Kami colocou, com raro sentido de oportunidade, num seu postal, demonstra uma total sintonia com o actual Governo. E é natural que assim seja, pois o cargo de Director da PJ é de confiança política.
Mas chega de palavras pois que, sempre que teço considerações sobre a PJ, surge sempre aí um rapazola (incógnito, claro) a dizer que o blog perdeu qualidade...fiquemos, pois, por aqui.
A proposito do que diz Cabral-Mendes leia-se este post de Ma. de Fatima Mata-Mouros:
http://dizpositivo.blogspot.com/2006/04/um-sentido-lamento.html
Caramba! Touché!!
Realmente, creio bem que, nomeadamente o Conselho Superior da Magistratura, não deveria autorizar que mais Juízes "saíssem" das suas funções para...irem, pressurosos, servir o poder político: qualquer que ele seja, entenda-se.
Eu sempre ouvi dizer que o dr Alípio Ribeiro era pessoa competente, leal e de indiscutível mérito. Parece-me que o convite que lhe fizeram se deve justamente a uma tentativa de começar a amenizar as relações com a magistratura. depois não creio ., pelo que ouvi, que o Dr. A Ribeiro seja pessoa para fazer fretes...
Mais: de certeza que a nomeação dele foi pactada com o Procurador Geral. Nem podia ser de outra maneira...
finalmente o Dr. A Ribeiro ao dizer o que disse sobre as escutas fez pela democracia bem mais do que todos quantos andam numa roda viva a põr a orelhinha á porta dos cidadãos num grotesco esforço de bisbilhotice que deveria envergonhar qualquer português. Pelos vistos não chegou a todas as orelhas aquela crítica atempada e moralizadora...
no resto é sempre curioso põr AR a defender o 24 horas e a ser por ele atacado. Incongruências...
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