Correio da Manhã, on line, secção de Desporto (?), hoje, 5ª feira: uma inopinada entrevista com o discreto Dr. Carlos Teixera, recusado e escusado Procurador no processo "Apito Dourado", recusado de forma ainda não totalmente explicada e escusado de forma ainda menos explicada. Boa malha do Correio da Manhã, sem dúvida, que conseguiu tirar o Dr. Carlos Teixeira das catacumbas e pô-lo a falar. Ou a escrever, creio. Quem olhar a entrevista com olhar atento, percebe que se trata de uma entrevista por escrito.
Sendo uma boa malha para o jornal, a entrevista do Dr. Carlos Teixeira, em termos noticiosos, é uma verdadeira não-entrevista. Nas linhas do que diz - escreve -, não consegue dizer o que quer que seja (dever de reserva?). Por isso, aconselha-se a ler as entrelinhas. E aí percebe-se alguma coisa, digo eu, que sou um especulador. Percebe-se que o Dr. Carlos Teixeira não diz, mas solta umas insinuações pelo que não diz. Sério! - vale a pena ler a entrevista.
Entendamo-nos. Eu nunca falei com o Dr. Carlos Teixeira. Cumprimentamo-nos, na semana passada, num evento público. Sou advogado de um dos arguidos no tal processo em que o Digno Procurador é acusador (recusado e escusado). Mas não é nada disto que me preocupa. O que me preocupa, é precisamente o que o Dr. Carlos Teixeira não diz, mas insinua. Nada que eu possa explicar por palavras minhas. Por favor, leiam a entrevista.
2 comentários:
Caro carteiro:
Não me pronuncio sobre a entrevista de Carlos Teixeira ao CM, muito para além disto:
Acho que a entrevista é contida porque o tem de ser, por causa do dever de reserva que tem vários níveis neste caso. Não me parece que haja insinuações, para além do que se sabe e é público. Acho até que o procurador adjunto Carlos Teixeira, neste caso,tem sido leal e as divergências que existem, podem e devem ser discutidas no seio da instituição, como eventualmente o terão sido.
Mas sobre isto, não avanço mais porque não sei e corro o risco de dizer o que não devo, por ignorância. Só acho é que não se deve especular muito quando não se sabe.
Porém, a única pergunta que faria ao procurador-adjunto Carlos Teixeira, seria esta que não está contida em qualquer dever de reserva e o mesmo poderia responder e elaborar, até aqui neste sítio- se é que o lê:
- Acha que o sistema de investigação de criminalidade económica em Portugal, funciona de molde a permitir identificar culpados e só culpados e lograr a sua punição efectiva?
COmo a resposta vai implícita, sendo a pergunta retórica, seguir-se-ia a verdadeira pergunta:
- Acha que este sistema de investigação criminal que temos será o mais adquado para que se possa fazer justiça? Porquê?
A pergunta a Carlos Teixeira, deveria estender-se aos investigadores Santiago e Massano.
Quem conseguir reunir os três e perguntar estas coisas genéricas, tendo em conta a experiência notável dos mesmos, contribuiria de modo decisivo para a melhoria do entendimento da nossa democracia.
Os verdadeiros e úteis Prós & Prós, seriam assim...
Tambem nao vislumbro qualquer migalha de insinusaçao por parte do contido - e bem! - Carlos Teixeira. Nisso e no mais subscrevo o Jose! Insinuaçoes parece-me haver, sim, mas nao da banda do procurador...!
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