Sempre tive esta postura: quando represento um cliente num qualquer assunto que ainda não chegou à fase judicial, esforço-me sobremaneira para que a outra parte contrate um advogado. Aos poucos, fui aprendendo que esse é o caminho mais fácil para conseguir resolver o problema do meu cliente. É muito mais fácil ter sucesso quando, do lado de lá, há uma pessoa que fala a mesma linguagem que eu. Que está suficientemente distante do problema para agir com a cabeça e menos com as emoções que os clientes trazem agarradas a si.
Mas há outra percepção que sempre tive, na minha mediana inteligência: as coisas acabam por se complicar quando na lotaria sai, do outro lado, um advogado burro, ou um advogado pau-mandado do cliente (coisas que, aliás, costumam andar associadas). Daqueles que não atam nem desatam e debitam banalidades, não sem antes pedirem, com o olhar, a permissão do cliente para abrir a boca. E que, durante uma reunião com os clientes, desatam a fazer inopinadas alegações sem aderência ao assunto em causa.
Um destes dias aconteceu-me. Cheguei ao fim da reunião exausto. Talvez porque já não tenho muita paciência.
1 comentário:
Para advogado burro não há pachorra. só mesmo um fardo de palha...e mesmo assim. aguente-se meu caro e tenha paciência. a próxima geração de advogados desses juntará á burrice o analfabetismo... ainda vai ser pior.
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