23 junho 2006

A festa

Estavam todos cheios de pressa, os telefones estão calados, mandei tudo embora e fiquei a digerir duas boas sentenças que chegaram hoje, e arranjei um tempinho para vir aqui meter conversa, depois de ter estado debruçado na varanda a ver gente que caminha apressada e poucos carros, e a ouvir os primeiros sons dos martelos e a sentir o cheiro vago de mangericos.

É o princípio da noite de S. João. Eu que nem sou tripeiro, nem o tripeiro típico e que até nem tenho sotaque, confesso que o S. João nunca me deslumbrou por aí além. Nunca fiquei muito aborrecido quando me marcavam diligências em comarcas fora do Porto em dia de S. João, creio que no ano passado - podendo - não fui a lado nenhum e, por isso, não vivo muito a festa.

Vai ser diferente este ano. Não só vou ao S. João, com o meu João, como vou mesmo para o centro da festa, com uma troupe que não arranjou coisa melhor que não fosse um restaurante na Ribeira, ali mesmo ao lado do Douro de onde vai saltar o fogo de artifício do Porto e de Gaia que, este ano, Rio e Menezes deixaram-se de coisas e optaram por fazer o espectáculo em conjunto. Lá vou ter de aguentar as marteladas, pois então...

3 comentários:

João Ferreira Leite disse...

Solidário consigo. Em Braga.
Cresci bem perto do centro da festa. Fiquei vacinado.
Há largos anos que nem por lá passo por estes dias (noites).
Profissionalmente, acerto a agenda com afazeres por outros lados.
A vantagem (ou não!) de se ser liberal.
Já agora, manjerico. Lapso muito comum.
Bom feriado!

C.M. disse...

Como é lindo o amor, a amizade, a fraternidade, a família, os filhotes, os amigos...este meu amigo põe-me- sempre a sonhar...

o sibilo da serpente disse...

poIS, MANJERICO. oBRIGADO pela correcção.