14 julho 2006

Casamento tórrido

A Té casou ontem. É minha prima. Filha de um dos meus tios mais jovens, que não viveu o tempo suficiente para ver o casamento da filha. Foi um casamento tórrido, variável entre os 35 e os 40 graus, numa quinta belíssima, mas onde o ar condicionado não estava preparado para um dia tórrido.

Quase vi nascer a Té. Numa madrugada de Caranaval, na Casa de Saúde dos Aliados, passava ali por acaso, clandestino, com a minha namorada de então, vi o carro do meu tio e suspeitei e entrei e vi a Té. Eu tinha 20 anos. Por aí. E vi a Té, pequenina. Ontem casou. Com o David, que me parece um bom rapaz.

Tive o meu momento de sossego com eles. Entre a Igreja (em Leça) e a quinta (em Gaia). Transportei-os, por entre o trânsito da metrópole. Só os três. A brincar, aproveitei para lhes dizer que havia uma lei que diz: Se não estiverem casados pelo menos 5 anos, são obrigados a devolver os presentes de casamento.

Conversas com a família. Um dia tórrido. Casacos vestidos, pois, então. Gravatas apertadas, pois, então. Conversas com os amigos dos amigos. Conversas que passavam das coisas do Marco, para coisas mais nacionais. E do mundo. Com intelectuais que citam mais facilmente um autor estrangeiro do que sabem o que se passa por aqui. Conversa variável. Como a temperatura.

A Té casou. Ela e o David estão nas Maurícias. E nós por aqui.

3 comentários:

M.C.R. disse...

Na semana passada, isto é. no domingo passado, foi a minha vez: perto do seu Marco, casou o Filipe Baldaia, filho da minha colega de curso Isabel Pinto. Só o não vi nascer mas a situação é parecida. E o calor! E os noivos em cuba! e nós por cá. É a vida...

Silvia Chueire disse...

É bom ir lendo estes seus relatos, carteiro, a pensar na vida.

Abraço,

Silvia

o sibilo da serpente disse...

Pois, eu sei, MCR, que o Filipe Baldaia estava para casar por estes dias. Não sabia era exactamente quando. E eles por Cuba, e nós por aqui, os outros nas Maurícias, a Silvia no Rio e a asna em reflexão sobre a torridez do casamento nos tempos que correm.
Abraços