O conflito entre Rui Rio e a generalidade dos jornalistas agudiza-se dia após dia. O autarca tem vindo a conseguir o feito notável de estar contra os dois principais jornais que escrevem sobre a cidade (Público e JN), e o não menos notável feito de se ter tornado a figura política mais glosada por parte dos comentadores da praça.
Conheço Rui Rio há muitos anos, ele já na política e eu no jornalismo. Também eu tive os meus diferendos com o hoje autarca, e confesso que em alguns deles tão pouco percebi as suas razões. E porque conheço Rui Rio há muitos anos, consigo perceber que, afinal, não é com os jornalistas (onde até tem muitos amigos pessoais) que o autarca tem dificuldades de relacionamento: é com qualquer pessoas que ouse discordar das suas posições. Só assim se pode entender o famoso regulamento, em que o autarca faz depender a atribuição de subsídios a quem se comprometa a não criticar a Câmara. Se a coisa se agrava com os jornalistas, é apenas porque se trata de pessoas cujas opiniões têm mais visibilidade.
Se pudesse, Rui Rio - que as elites bem pensantes, um pouco por todo o país, tanto reverenciaram - faria aquilo que é normal esperar de qualquer cacique de província: quando sente que a imprensa não lhe agrada, há que comprar a imprensa. Quando não consegue, há que financiar concorrentes e tentar aniquilar financeiramente os críticos. Como no Porto as coisas são mais difíceis e os jornais são mais caros, à falta de melhor Rui Rio faz do site da Câmara o seu órgão de comunicação social. O seu "Pravda". É pouco. Dificilmente resistirá.
(Tudo dito com a mesma frontalidade como a que tive, em crónica escrita no Comércio do Porto, quando defendi Rui Rio de várias figuras do PSD que tanto o atacaram quando foi anunciada a sua primeira candidatura à Câmara do Porto).
Conheço Rui Rio há muitos anos, ele já na política e eu no jornalismo. Também eu tive os meus diferendos com o hoje autarca, e confesso que em alguns deles tão pouco percebi as suas razões. E porque conheço Rui Rio há muitos anos, consigo perceber que, afinal, não é com os jornalistas (onde até tem muitos amigos pessoais) que o autarca tem dificuldades de relacionamento: é com qualquer pessoas que ouse discordar das suas posições. Só assim se pode entender o famoso regulamento, em que o autarca faz depender a atribuição de subsídios a quem se comprometa a não criticar a Câmara. Se a coisa se agrava com os jornalistas, é apenas porque se trata de pessoas cujas opiniões têm mais visibilidade.
Se pudesse, Rui Rio - que as elites bem pensantes, um pouco por todo o país, tanto reverenciaram - faria aquilo que é normal esperar de qualquer cacique de província: quando sente que a imprensa não lhe agrada, há que comprar a imprensa. Quando não consegue, há que financiar concorrentes e tentar aniquilar financeiramente os críticos. Como no Porto as coisas são mais difíceis e os jornais são mais caros, à falta de melhor Rui Rio faz do site da Câmara o seu órgão de comunicação social. O seu "Pravda". É pouco. Dificilmente resistirá.
(Tudo dito com a mesma frontalidade como a que tive, em crónica escrita no Comércio do Porto, quando defendi Rui Rio de várias figuras do PSD que tanto o atacaram quando foi anunciada a sua primeira candidatura à Câmara do Porto).
1 comentário:
Eu e o MCR (olá Marcelo!) já aqui escrevemos várias vezes sobre Rui Rio e as suas atitudes perante a crítica.
É aplicação doentia da velha máxima "quem não é por mim é contra mim".
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