Cercal do Alentejo é uma encruzilhada. Melhor: uma rotunda com casas à volta, onde converge um cruzamento de estradas. Lisboa, Santiago do Cacém, Lagos. Perto de tudo e de nada. Perto dos sítios onde não há alojamentos. Longe do resto, a não ser da estradas que descem ao sul e trepam ao norte.
Pela segunda vez - a primeira foi há 12 anos - estacionei na Residencial Ramos. O Sr. Ramos está mais velho. Eu também.
A vida no Cercal circula à volta da Rotunda. Restaurantes, cafés e esplanadas e gente conhecida. Primeira noite: jantar. Um restaurante com ar de restaurante, mesas reservadas, mas sempre com mesa para dois, antes que chegassem os reservantes. Boa comida. Barata! O lado mau: ainda estavamos na sobremesa e já o homem nos enxotava.
Fui ao café ao lado. Comprar cigarros. O meu filho - 10 anos - pediu-me para pôr as moedas na máquina. Deixei, coisa que não é habitual, não vá o miúdo habituar-se. Raspanete do dono: o miúdo não pode comprar cigarros! Eu sei, não pode, mas não é ele que está a comprar - sou eu -, ele só está a meter as moedas. Quer que chame a GNR? Não, não vale a pena, eu meto as moedas. Apeteceu-me pedir o livro de reclamações pela primeira vez na vida, e chamar a GNR quando me dissessem que não tinham livro de reclamações. Achei que não - fui fumar para a rotunda.
No dia seguinte, Segunda, fim da manhã, pequeno almoço num café vizinho, ainda na rotunda, pois. Pedimos. Dois refrigerantes e duas sandes mistas ao fim de 15 minutos de espera. Mais 15 minutos. A mocinha: as sandes vão demorar um pedaço, porque a cozinha está atrasada. Olhei: seis pessoas no café-restaurante. Bem, está bem, traga os refrigerantes. Entraram pessoas, 12 talvez. Pensei: agora as sandes vão demorar muito mais. Olhei as empregadas e elas não me viam. Paguei os refrigerantes. Três euros por metade deles. Saimos. Adiei a ideia de pedir o livro de reclamações.
Café ao lado. Tem sandes? Sim. Ok, dois refrigerantes e duas sandes mistas, obrigado. Ei! Espere. Não sirvo às mesas, já viu o letreiro? Não, não tinha visto, está bem, eu sento-me aqui e vou buscar ao balcão. Estás bem, João? Estou, pai, bora, temos que ir buscar a Mariana à Zambujeira. Também aqui não pedi o livro de reclamações.
Pela segunda vez - a primeira foi há 12 anos - estacionei na Residencial Ramos. O Sr. Ramos está mais velho. Eu também.
A vida no Cercal circula à volta da Rotunda. Restaurantes, cafés e esplanadas e gente conhecida. Primeira noite: jantar. Um restaurante com ar de restaurante, mesas reservadas, mas sempre com mesa para dois, antes que chegassem os reservantes. Boa comida. Barata! O lado mau: ainda estavamos na sobremesa e já o homem nos enxotava.
Fui ao café ao lado. Comprar cigarros. O meu filho - 10 anos - pediu-me para pôr as moedas na máquina. Deixei, coisa que não é habitual, não vá o miúdo habituar-se. Raspanete do dono: o miúdo não pode comprar cigarros! Eu sei, não pode, mas não é ele que está a comprar - sou eu -, ele só está a meter as moedas. Quer que chame a GNR? Não, não vale a pena, eu meto as moedas. Apeteceu-me pedir o livro de reclamações pela primeira vez na vida, e chamar a GNR quando me dissessem que não tinham livro de reclamações. Achei que não - fui fumar para a rotunda.
No dia seguinte, Segunda, fim da manhã, pequeno almoço num café vizinho, ainda na rotunda, pois. Pedimos. Dois refrigerantes e duas sandes mistas ao fim de 15 minutos de espera. Mais 15 minutos. A mocinha: as sandes vão demorar um pedaço, porque a cozinha está atrasada. Olhei: seis pessoas no café-restaurante. Bem, está bem, traga os refrigerantes. Entraram pessoas, 12 talvez. Pensei: agora as sandes vão demorar muito mais. Olhei as empregadas e elas não me viam. Paguei os refrigerantes. Três euros por metade deles. Saimos. Adiei a ideia de pedir o livro de reclamações.
Café ao lado. Tem sandes? Sim. Ok, dois refrigerantes e duas sandes mistas, obrigado. Ei! Espere. Não sirvo às mesas, já viu o letreiro? Não, não tinha visto, está bem, eu sento-me aqui e vou buscar ao balcão. Estás bem, João? Estou, pai, bora, temos que ir buscar a Mariana à Zambujeira. Também aqui não pedi o livro de reclamações.
1 comentário:
Em Portugal Cercais ha muitos... gente a escrever como Vexa nem tanto :)
Adorei o postal, amigo Carteiro! E gostei do encontro algarvio, tambem com o nosso JCP e familia. Oxala nao gtenhamos de esperar um ano para repetir :)
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