Estreia absoluta de mcr na transferência de fotografias para o blog. Aceitam-se cumprimentos das leitoras embevecidas.
Indo ao que interessa: as leitores (e algum leitor, que diabo!) terão lido os anteriores posts deste vosso criado celebrando com eventual mas compreensível exagero o cinquentenário do seu grupo de teatro estudantil: CITAC.
Ora esses textos chegaram á mão (melhor: ao olho propriamente dito) de um Alexandre Forjaz Sampaio, que há 45 anos se baldou de Portugal para as estranjas por onde ainda está. O dito cujo, comovido, lágrima a espreitar do já acima referido orgão sensitivo, prestamente escreveu a este cronista (carta também postada aí em baixo) pedindo novas e mandados porque in illo tempore também ele (AFS) de dedicara á maléfica arte de Talma, no supramencionado citac. E mais: perguntava-me quem era eu, que não conseguia pôr cara no meu nome (aqui para nós: não se perdia grande coisa!...).
Entretanto a nossa correspondencia tem-se desenvolvido e hoje ele mandou umas velhas fotografias para identificar. Então não é que logo nas duas primeiras apareço eu no explendor dos meus vinte anos, trajado a rigor? As leitoras verificarão que estou de fato macaco e balde de pintura à frente! Efectivamente nesses primeiros anos do citac eu pertencia à equipa de montagem (onde também o Anto debutou) pelo que se percebe o traje.
Algum leitor mai malicioso diria que já nesta época me disfarçava de proletário... Não, leitor José, não, tanto assim que se vê por dentro do fato macaco uma camisa branca e uma gravata desapertada... Todavia em abono da sua tese, sempre direi que nessa época já alinhava pela "sinistra" onde me tenho mantido mais ou menos igual. Menos radical, claro, mas isso é costume. Mas igualmente veemente e teimoso quando é preciso. Eu não sei como é que isto vai ficar no blog... mas, como se dizia nessa Coimbra, onde meninos e moços nos descarregaram, effe erre a e *** (as estrelinhas representam a censura, que hoje em dia cautela e caldos de galinha são sempre poucos e a expressão é pouco elegante.)
Indo ao que interessa: as leitores (e algum leitor, que diabo!) terão lido os anteriores posts deste vosso criado celebrando com eventual mas compreensível exagero o cinquentenário do seu grupo de teatro estudantil: CITAC.
Ora esses textos chegaram á mão (melhor: ao olho propriamente dito) de um Alexandre Forjaz Sampaio, que há 45 anos se baldou de Portugal para as estranjas por onde ainda está. O dito cujo, comovido, lágrima a espreitar do já acima referido orgão sensitivo, prestamente escreveu a este cronista (carta também postada aí em baixo) pedindo novas e mandados porque in illo tempore também ele (AFS) de dedicara á maléfica arte de Talma, no supramencionado citac. E mais: perguntava-me quem era eu, que não conseguia pôr cara no meu nome (aqui para nós: não se perdia grande coisa!...).
Entretanto a nossa correspondencia tem-se desenvolvido e hoje ele mandou umas velhas fotografias para identificar. Então não é que logo nas duas primeiras apareço eu no explendor dos meus vinte anos, trajado a rigor? As leitoras verificarão que estou de fato macaco e balde de pintura à frente! Efectivamente nesses primeiros anos do citac eu pertencia à equipa de montagem (onde também o Anto debutou) pelo que se percebe o traje.
Algum leitor mai malicioso diria que já nesta época me disfarçava de proletário... Não, leitor José, não, tanto assim que se vê por dentro do fato macaco uma camisa branca e uma gravata desapertada... Todavia em abono da sua tese, sempre direi que nessa época já alinhava pela "sinistra" onde me tenho mantido mais ou menos igual. Menos radical, claro, mas isso é costume. Mas igualmente veemente e teimoso quando é preciso. Eu não sei como é que isto vai ficar no blog... mas, como se dizia nessa Coimbra, onde meninos e moços nos descarregaram, effe erre a e *** (as estrelinhas representam a censura, que hoje em dia cautela e caldos de galinha são sempre poucos e a expressão é pouco elegante.)
9 comentários:
Pois fiquei lindamente (isto é fiquei como esperava ficar, que o modelo de lindo, raspas de raspas).
Madame Kami: está a ver os progrssos deste seu amigo, criado e profundo admirador?
efe erre a e***
Eu dizer alguma coisa sobre o proletariado? Nada. Eu sei como é o proletariado. E também os "camponeses". Vivi no meio deles. Sou filho deles. Gosto, aliás, deles. Mais do que de muitos "burgueses". Agora com a televisão, vou gostando menos por causa do nivelamento por baixo do gosto mais rasteiro.
Porém,o que digo por me parecer, é que V. aparenta algo que pode não ser:
Proletário por fora e bom burguês...por dentro.
Mas isso até que não ficará mal porque a burguesia só incomoda enquanto classe- e raramente a título individual, a não ser para iconoclastas a sério- que não sou.
Mas agora mesmo me ocorreu um desafio interessante que lhe coloco:
E que tal se nos contasse, nesse estilo cursivo habitual, aquilo que realmente o aproximou dos fatos-macacos simbólicos, mesmo em modo teatral?
Não se confunda. Aquilo que verdadeiramente gostaria de saber, com aliás outros leitores, era o percurso ideológico, para entender como é que alguém se aproxima de uma ideologia e se vai mantendo fiel a esse ideário, mesmo que a realidade mude e se transforme.
Em suma: como é que alguém se torna de "esquerda"?
Ora ái está o princípio de uma boa discussão. Será que o INC ainda vai voltar aos velhos tempos?
Ora aí está o Incursões a proporcionar um belo regresso ao passado. Um abraço para o jovem MCR.
Sobre a pergunta de José (Como é que alguém se torna de "esquerda"), e sem querer comparar-me (?!) ao percurso de MCR, já aqui escrevi em tempos como é que aconteceu a minha viragem à esquerda depois de ter sido militante e dirigente da JSD até aos 18 anos: "... A verdade é que a minha viagem para terrenos mais à esquerda já havia começado e foi influenciada por vários factores – os meios universitários que frequentava, as leituras, a realidade urbana que reencontrei depois de alguns anos a viver num meio mais fechado e conservador, a intensa campanha eleitoral das presidenciais de 1985/86, uma maior preocupação com as questões sociais e a distribuição da riqueza num período de graves dificuldades económicas. É certo, porém, que as características impressivas da liderança de Cavaco contribuíram muito para me empurrar mais para a esquerda nesses meados dos anos oitenta."
Foi neste caldo que me tornei, em bom politiquês, num "independente próximo do PS", seja lá isso o que for. Mas convicto de que estou à esquerda.
É um desafio que vou aceitar gostosamente... se o meu prezado José me permitir alguma demora. Como é que alguém escolhe algo é um assunto demorado. Mas lá chegarei.
Caro Coutinho Ribeiro: é um gosto vê-lo mesmo sem o boné nem a saca das cartas. ainda hoje me ri com um requerimento seu que me apareceu no computador sem perceber como, um requerimento em que V pede um audi emprestado...
diga-me qual foi o despacho de Sexa o Presidente da Camara.
Caro Marcelo: longe de mim imaginar que o raio do Requerimento, já de Julho, viria a tornar-se tão célebre. Porque lhe atribuí pouco valor e porque estava escrito de forma descuidada, nem sequer o coloquei aqui no Inc, apesar dos conselhos em contrário do compadre. Não imagina o que tem sido, agora, a minha vida por causa do tal requerimento. Para além de andar por aí a explicar o requerimento nos mais diversos blogs que publicaram o texto, até já da Lusa me ligaram a saber se tinha havido resposta.
Em breve escrevo um texto sobre o assunto.
Ah. Criei um novo blog. É O Anónimo. Passem por lá. Nada de especial, mas, pronto...
Ora, ora, MCR... :)
A leitora embevecida o cumpromenta novamente : parabéns !
Uma boa discussão essa de como alguém se torna em alguma coisa: de esquerda, de direita e outras variantes…
E, talvez ainda mais interessante é como se mantêm com as mesmas convicções passados que são os anos do “fato-macaco e balde de pintura por cima da camisa e gravata” (e que bem que lhe ficam MCR!). Estou convencida que não é tanto as mudanças que se operam no mundo que fazem mudar, mas mais as conveniências de curto e médio prazo. Ou seja, é comum dizer-se qualquer coisa do tipo “aos 18 da extrema-esquerda, aos 40 do centro e aos 60 de direita”. Haverá variantes temporais mais curtas e diversificadas, mas o que ressalta de comum é essa enorme tendência de passar da extrema-esquerda na juventude para a direita, ou centro, na meia ideia.
É uma questão que dá de facto para reflectir…
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