"Um discurso sobre a fé, razão e violência
A declaração da polémica, proferida na terça-feira na Universidade de Regensburg, no Sul da Alemanha, aborda a questão da fé, razão e violência. O Islão foi invocado em alguns parágrafos, através da citação do imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1350-1425), quando este terá falado com um sábio persa muçulmano, algures entre 1394 e 1402.O imperador terá pedido ao sábio persa: “Mostra-me o que Maomé trouxe de novo. Só encontrarás coisas más e desumanas, como o direito a defender pela espada a fé que ele persegue”. Depois, o imperador explica porque é absurdo difundir a fé pela violência. “Uma tal violência é contrária à natureza de Deus e à natureza da alma. Deus não ama o sangue e agir de maneira irracional é contrário à natureza de Deus. A fé é o fruto da alma e não do corpo. Aquele que quiser conduzir outros na fé deve ser capaz de falar bem e pensar de forma justa e não pela violência e ameaça”.
Desde o início do seu pontificado, as palavras de Bento XVI já provocaram alguns incidentes diplomáticos, nomeadamente com Israel. Em Julho de 2005, o Papa omitiu o país da lista de Estados vítimas do terrorismo, o que foi alvo de fortes protestos por parte de Telavive.
Em Maio deste ano, durante a sua peregrinação ao campo de extermínio de Auschwitz, atribuiu o nazismo a um “grupo de criminosos” e pareceu poupar o povo alemão a qualquer responsabilidade.
Líderes muçulmanos da Jordânia, Síria, Turquia, Qatar e da Organização da Conferência Islâmica já vieram a público exigir esclarecimentos e um pedido de desculpas depois das declarações de Bento XVI. Estas poderão ter tornado mais difícil a visita que o Papa tem marcada para a Turquia em Novembro." in Público
A ignorância, a pobreza e a manipulação dos povos atinge níveis alarmantes nos tempos contemporâneos. Haverá hoje liberdade de pensamento? Haverá hoje liberdade de consciência? Haverá hoje direito à verdade e à informação?
Quem ouviu e leu o que o Papa efectivamente disse pode discordar? Tenho dúvidas. Mas já se ouvem manifestações, ameaças, convulsões, intervenções políticas, notícias na Rádio e na TV absolutamente disparatadas. Assim, não é possível obter informação credível. Para que serve o "jornalismo" que hoje se pratica? Honra se faça ao texto supra do "Publico", cujo autor percebeu o que se passou! Haja fé! Mas não resistiu a dar uns palpites!
15 setembro 2006
A religião não justifica a violência
Marcadores: mocho atento
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1 comentário:
"Os muçulmanos, da Índia à Europa, exigiram, ontem, em inúmeras manifestações, um pedido de desculpas do Papa Bento XVI que, anteontem, no discurso da Universidade de Ratisboune (Alemanha), se referiu ao profeta Maomé e à "Jihad" (guerra santa), evocado num livro do imperador bizantino Manuel II (1350-1425) para estabelecer as relações entre a fé, a razão e a violência."
Lê-se no JN. E isto é assim: ou o Papa pede desculpa, ou bombas... Que ninguém pode discordar deles.
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