30 outubro 2006

a titulo de despedida

respirar a cidade


respiro a cidade
com a força de quem não a quer deixar fugir,
com a intenção firme de traze-la
um pouco mais para mim.

não a perder,
tê-la sob a pele.
a luz, o espetáculo do rio,
os telhados numa alegoria da vida
que percorre as ruas e os sorrisos,
as casas e a melancolia.

respiro a cidade
com a determinação de manter a memória
viva, a cidade pulsando
no meu corpo,
os rostos dos amigos brilhando
na noite, as garrafas de vinho
e as palavras ouvidas nos dias.
nos dias o sol e a chuva
a produzirem novas cores.

respiro a cidade,
antes de deixá-la,
porque não a quero deixar.



silvia chueire



Aos meus amigos do Incursões o meu agradecimento por tudo que fizeram por mim e um grande abraço, já saudoso. À minha amiga Kamikaze o meu especial abraço por ser ela a mulher bonita que é ( em todos os sentidos ), inteligente que é, e sobretudo afetiva. Foi uma surpresa e um ganho inestimável a amizade que consolidamos. Inestimável.

Vocês têm muito a ver com o meu afeto pela cidade.

Silvia

4 comentários:

Primo de Amarante disse...

Sobre Kamikase, sublinho tudo o que diz a Silvia. Desde o dia em que a conheci(esperava-a a ouvir os "humanos") firmei essa jurisprudência.

Sinto-me contente por saber que Silvia foi bem recebida e gostou da "nossa gente". Eu, como já expliquei, não pude estar presente. Fica para a próxima!

Um abraço

Kamikaze (L.P.) disse...

Lindo o poema, Sílvia!
Quanto ao mais, agradeço as suas palavras, que sei deveras sentidas e que me devolvem uma imagem tão benevolente de mim :)

Silvia Chueire disse...

Compadre,

Na próxima, com certeza. Ou quem sabe o compadre vem ao Rio. : )

Kamikaze,

Nada tem de benevolente a imagem que pintei, você é como é. : )

Beijos,

Silvia

M.C.R. disse...

Lá isso é verdade...(referencia á 2ª parte do comentário da sílvia aqui em cima)