homenagem aos caídos
durante o período de unanimidade estalinista
Jardim das Esculturas, Nova Galeria Tretyakov, Moscovo
(fotos: Kamikaze, Agosto 2006
clicar nas fotos para aumentar)
13 novembro 2006
Unanimidades (I)
homenagem aos caídos
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3 comentários:
Durante o período stalinista não houve unanimidade a menos que se aceite que não existiram os processos de Moscovo, as irradiações do partido, o exílio de milhares de comunistas e a transferencia maciça de gente para a Sibéria por condenação ao exílio interno.
Mesmo externamente, o regime soviético não ficou isento de críticas ferozes. Não é preciso falar de Trotsky mas apenas, por exemplo de Gide autor desse admirável "retour d'URSS" que terá sido o primeiro grande documento sobre o que realmente lá se passava. E escrito por um autor respeitadíssimo na esquerda!
Claro que V. provavelmente falava na outra unanimidade dos que aceitam tudo, dos que votam a 99%0 dos que estão sempre com o líder bem amado, dos que só sabem dizer sim. Mas isso, essa moléstia moral, essa tinha política continua a manifestar-se por todo o lado. Agora as maiorias são ligeiramente menores mas o baile continua a ser mandado. Até por cá, não acha?
Que não havia unanimidades é tão certo como ser esta espantosa escultura uma homenagem aos muitos que ousaram discordar e aos que, nem sequer discordando, foram alvo das suspeitas já paranóicas do líder. O título pretendia ser, por confronto com a imagem, uma ironia... amarga, o que tentei explicitar no sub-título.
E explicou bem mas eu não resistia a dizer o que disse. Por muito que se bata na infâmia é sempre pouco. que isto é como o ovo da serpente. Está sempre a tempo de estalar.
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