10 janeiro 2007

STCP

O que se está a passar com a alteração das carreiras dos STCP é uma caso de evidente gestão danosa do ponto de vista do cliente. Por detrás das alterações efectuadas estão certamente uns números que precisavam de ser modificados ao nível do equilíbrio financeiro. Todavia, a gestão de um serviço que tem utilidade pública indiscutível deve cumprir a sua missão de satisfação das necessidades para que foi criado, atendendo também, evidentemente, à boa gestão dos meios financeiros. O que se está a passar é que as decisões parecem ter tido em conta apenas essa última componente do sistema esquecendo a outra: as pessoas. As alterações estão a transtornar visivelmente o quotidiano de milhares de pessoas e, por arrastamento, o de muitas empresas. A factura está a ser paga pelo cliente e pelo País. Quanto maior for o tempo de transporte mais impacto negativo tem na produtividade e na qualidade de vida das pessoas.

Parece que a administração dos STCP recuou em algumas decisões mas manteve o modelo de base pelo que as mudanças que produziu funcionam como remedeios e não correspondem ás reais necessidades dos clientes. Como me disse um dos utilizadores diários deste meio de transporte: os STCP não têm o sentido do serviço público, limitam-se a transportar pessoas como animais, amontoados, quanto mais melhor. Nem que para isso as pessoas estejam em filas um tempo interminável, suficiente para fazer transbordar os autocarros.

3 comentários:

Silvia Chueire disse...

O meu olhar,

Tem sido bom ler aqui com mais frequência as suas opiniões.

Um abraço,
Silvia

O meu olhar disse...

Sílvia, muito obrigada pelas suas palavras sempre amigas.
Um abraço

M.C.R. disse...

A minha empregada disse-me hoje que agora em vez de um auticarro normal vem um dos pequenos para transportar a mesma quantidade de pessoas! claro que isto deve ser proaganda bolchevista!
Também estou de acordo com a sílvia: grande pedalada a sua, Meu Olhar, que bom!