Eu escrevo textos muito longos diz-me a K. E quem vem a um blog deve escrever curto e rápido que é para militar perceber. Posto isto, que deve ser duma pungente e esmagadora verdade, anuncio esta coluna que esteve para se chamar missanga falsa mas isso seria um pouco contraditório. A ver vamos se consigo escrever em comprimidos muito comprimidos. Numa palavra: missanga, trocados, migalhas como dizia o padre Manuel Bernardes.
E, entretanto, vou tentar reduzir os meus textos fleuve (José dixit). Fazer-lhes a barba, aparar-lhes as patilhas, cortar-lhes rente a unha guitarreira, enfim normalizá-los, pasteurizá-los, politizá-los correctamente ou corrigi-los politicamente, fazer como nos autoclismos: pô-los a meio gás e meio litro de água graças a uma engenhoca anunciada nas lojas de venda à distância: reduza o seu caudal de desperdício e faça economias fantásticas mantendo a casa de banho impoluta. - E inodora?, pergunta alguém. - Bem, inodora o que se diz inodora... é questão de nariz mais ou menos constipado. E de água de colónia, da baratinha, maderas de oriente por exemplo.
A imagem que se junta é de um assento, banco, cadeira, o que lhe queiram chamar proveniente da zona Luba (Congo , Kasai)
E, entretanto, vou tentar reduzir os meus textos fleuve (José dixit). Fazer-lhes a barba, aparar-lhes as patilhas, cortar-lhes rente a unha guitarreira, enfim normalizá-los, pasteurizá-los, politizá-los correctamente ou corrigi-los politicamente, fazer como nos autoclismos: pô-los a meio gás e meio litro de água graças a uma engenhoca anunciada nas lojas de venda à distância: reduza o seu caudal de desperdício e faça economias fantásticas mantendo a casa de banho impoluta. - E inodora?, pergunta alguém. - Bem, inodora o que se diz inodora... é questão de nariz mais ou menos constipado. E de água de colónia, da baratinha, maderas de oriente por exemplo.
A imagem que se junta é de um assento, banco, cadeira, o que lhe queiram chamar proveniente da zona Luba (Congo , Kasai)
4 comentários:
No sir! Os textos fleuve são o que tornam os ditos interessantes, com dizeres de recomendação.
Um texto de blog nunca srá demasiado extenso se vier condimentado com originalidades, seja na escrita, seja no trejeito, seja até no contexto.
Se a ilustre K. acha os textos longos fastidiosos, está no seu pleno direitíssimo, mas outros acham o oposto como é o caso aqui do zé leitor.
Porém, adivinho uma razão para a escolha da veia sintética: o apelo à leitura instantânea, de telegrama. Conheço alguns blogs onde se pratica a arte da palavra estreita para as frases compostas em menuetto. Por exemplo aquela das causas deles, onde se destila verrina contra quem é contra a situação.
Mas, tal como no menuetto, não dança assim quem quer, mas apenas quem sabe.
Sintetizar ideias apenas numa frase, é tarefa de aforistas.
Caro M.C.R.:
Não faça a vontade à K. e não se atire em queda livre contra o embondeiro do blog, armado das lança partidas dos haikus. Contorne-o e pegue-lhe o fogo dos textos fleuve, pois eles contém em si mesmos, a matéria extintora do fastídio.
Claro, pode sempre agradar aos troianos, se publicar em alterne. Mas cuidado com os filisteus...
Eu cá concordo com o Sr José. Crónicas literárias como as do MCR têm ,forçosamente, que ter o tamanho hábitual, adequado, bem temperadas, sob pena, de lhes faltar o sal. E perderem o brilho e a qualidade habituais.
Posso falar? Ok, obrigado :-)
Os textos do MCR são longos, claro que são, e muito bons também. É um estilo de escrita. E o problema - se existe - não está no facto de o MCR ter um estilo que o leva a fazer textos longos, mas que são um prazer de leitura. O problema - se existe - é o facto de o MCR fazer um só postal com várias histórias. Se o dividisse, a leitura tornava-se mais fácil a leitura.
Abraços para todos
Eu vou escrever como sempre escrevi mas agora ando com alguma vontade de me meter numas breves. Isso não impedirá as outras claro, nem se tratará de umas concessão. eu acho que os compromissos no que respeita a estilo são, como diz o José, péssimos. Mas não corro esse risco. Escrevo de carreirinha e o que vier vem e pronto. Não releio, ou melhor, releio para pôr virgulas e assentos ou corrigir erros de ortografia. no resto o texto vai para o forno tal qual o amassei.
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