MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA 8 de Março
Tenho, orgulho-me de ter, um belo grupo de amigas. bastantes mesmo, se fizer contas Desde a minha infância, a Ana Leal de Oliveira a Rosa Carlos e a Luísa Novais. Mais tarde as irmãs Feijó, a Isabel Pinto, a Laurinda Alves, a Regina Valente e mais um ror que não refiro para não tornar isto numa lista telefónica. Morreram-me muitas e chorei-as como irmãs. Mantenho um velho grupo de velhas amigas e lindas senhoras todas de setenta para cima, a campeã das quais é a Judite Mendes de Abreu.
É delas que hoje me lembro, mais do que das operárias corajosas que fizeram uma greve já não sei onde, das revolucionárias igualmente corajosas que venero, das familiares formidáveis que tenho ou tive, e aqui uma palavra para a Velha Senhora, a melhor avó que alguém pode ter e que durante 97 anos mostrou de que madeira se aquecia. Tivera eu metade da sua genica, um quarto da sua alegria, um décimo da sua generosidade, um pouco da sua natural graça e ninguém aqui me passava a perna. Mas... sou homem, coisa de que me não queixo mas que, hoje e sempre, me faz lembrar que sem as mulheres, mães, amigas, amantes, filhas ou simples conhecidas este mundo seria, de facto um purgatório ante-sala do inferno. Repararam decerto que pus ontem duas missangas expressamente para não pôr hoje a segunda delas que era uma brincadeira amável com as três colegas do blogue que dão o sal, a pimenta, a alegria e muita da razão de ser ao incursões. Abençoadas sejam elas e todas as outras e que, por um momento, nos perdoem as nossas pobres tolices e a nossa paupérrima toleima. Saravah!
nota: a ilustação de hoje é de Kikugawa Eizan (1787-1868) e pertence à famosíssima série Tôsei e-Kyôdai
É delas que hoje me lembro, mais do que das operárias corajosas que fizeram uma greve já não sei onde, das revolucionárias igualmente corajosas que venero, das familiares formidáveis que tenho ou tive, e aqui uma palavra para a Velha Senhora, a melhor avó que alguém pode ter e que durante 97 anos mostrou de que madeira se aquecia. Tivera eu metade da sua genica, um quarto da sua alegria, um décimo da sua generosidade, um pouco da sua natural graça e ninguém aqui me passava a perna. Mas... sou homem, coisa de que me não queixo mas que, hoje e sempre, me faz lembrar que sem as mulheres, mães, amigas, amantes, filhas ou simples conhecidas este mundo seria, de facto um purgatório ante-sala do inferno. Repararam decerto que pus ontem duas missangas expressamente para não pôr hoje a segunda delas que era uma brincadeira amável com as três colegas do blogue que dão o sal, a pimenta, a alegria e muita da razão de ser ao incursões. Abençoadas sejam elas e todas as outras e que, por um momento, nos perdoem as nossas pobres tolices e a nossa paupérrima toleima. Saravah!
nota: a ilustação de hoje é de Kikugawa Eizan (1787-1868) e pertence à famosíssima série Tôsei e-Kyôdai
4 comentários:
Bela homenagem! Texto curto mas grande de substância, brilhante como uma linda missanga :)
Pisco-lhe o olho (aliás os olhos, um é pouco) MCR, grande Senhor no dia das mulheres, palpita-me que sempre (ou, não querendo exagerar, pelo menos quase eh eh)
É mesmo uma bela homenagem.
Um abraço, MCR.
Silvia
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