15 março 2007

Bob - março 2007















a verdade




sentas sobre mim os olhos quietos,
a cara crivada de perguntas,
e na calma esperas
que eu te diga a verdade dos humanos

não tenho a nas mãos a verdade.

a verdade sobe delirante
pelos elevadores da megalópole,
pela megalomania dos loucos,
e foge de nós.

tenho nas mãos a angústia,
alguma lucidez reservada,
e agarrada na face a surpresa cotidiana
do humano: sua grandeza impensável,
sua insuportável pequenez.


silvia chueire

2 comentários:

M.C.R. disse...

Querida Sílvia: parto daqui a minutos para Lisboa onde espero encontrar a Kami, o JAB e o Nicodemos. Vou embalado pelos seus versod. o mesmo é dizer que vou bem
Se jantarmos juntos, beberei um copo de vinho por si. Assim como os antigos gregos quando queriam honrar as musas...
um abraço

Silvia Chueire disse...

Obrigada, MCR, fico sensibilizada. E tenho tantas saudades de vcs. Dê um grande abraço ao JAB, Nicodemus e um especial à Kami. Sim, bebam por mim, durante a tardinha vou me lembrar disto. E depois, à noite, eu brindarei a vocês também, prometo.

Um abraço,

Silvia