02 maio 2007


nada

calar a voz,
o poema, a palavra,
o som, qualquer som.
retirar-me .

esquecer quem sou,
o limite pragmático do tempo,
o propósito meu e das coisas.

viver o silêncio,
o último abrigo.



silvia chueire

4 comentários:

Primo de Amarante disse...

O silêncio é o único lugar onde verdadeiramente nos encontramos connosco mesmo e dessa forma com as grandes respostas para as grandes questões, as questões fundamentais, como o sofrimento, o amor, a morte, a vida. A metáfora da “Torre de Babel” é bem a expressão da ruído (poluente) das palavras. Gosto de meditar na montanha, sozinho, a olhar para o lugar mais distante, o lugar que de longe mais perto fala comigo. Por vezes, também entro numa Igreja, em horas de solidão e são muitas!...

ferreira disse...

Como habitualmente gostei muito do Poema, o silêncio...
Gosto do silêncio...não é bem silêncio,é passear na praia à noite ouvir só o som do mar...é tão bom...e o vento a enrrolar-se-nos...como acabei de fazer há 15 minutos...retemperador.Praia deserta, sem ninguém.

Kamikaze (L.P.) disse...

palavras sentidas, palavras que fazem sentir, palavras poucas mas tão bastantes...

Silvia Chueire disse...

Obrigada a todos. Toca-me a atenção que têm com as minhas palavras, vcs sabem.

Um abraço,

Silvia