há dias nos confrontávamos;
meus olhos nos olhos do silêncio.
a busca de entendimento,
a angústia das horas .
o silêncio andando sobre pés
calçados em pantufas
pelas paredes da casa.
numa calma oriental,
olhava-me fixamente.
irritei-me.
pareceu olhar-me decepcionado
e recolheu-se a um canto
de onde não mais saiu.
mas está lá, vivo,
a me desafiar a necessidade
de decifrar o mistério das coisas.
silvia chueire
22 maio 2007
o silêncio
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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5 comentários:
ah que magnífico poema, Sílvia!
A Silvia meteu o silêncio na ordem...«pareceu olhar-me decepcionado
e recolheu-se a um canto
de onde não mais saiu.»
Muito bom!
E que quer que eu lhe diga? obviamente que gostei, mas isso é tão pouco e eu ando tão falho de inspiração...
de todo o modo um abraço
Merci ! : )
Um abraço grande a todos,
Silvia
Lindo poema Sílvia!
Acho o silêncio uma coisa essencial. Há algum tempo escreveu um poema sobre isso mesmo, que eu gostei muito.
O silêncio é como tudo o mais, só lhe notamos a falta quando escasseia.
Não o mande para um canto, tire-lhe apenas algum espaço…
Um abraço
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