À semelhança dos últimos anos, este ano fomos “viver”para a Praia da Madalena durante duas semanas. Apesar desta mudança temporária de residência ser quase apenas para dormir, a mudança de cenário traz já um ar de férias, o que é muito salutar. Até porque aproveito para ir um pouco mais cedo e andar de bicicleta à beira mar. Adoro andar de bicicleta. Foi gosto que me ficou de pequenina. Bom, mas esta introdução para quê? É que dei por mim a reflectir, mais uma vez, no meio do passeio a pedal, nesta história do exercício físico. Cada vez se encontram mais desportistas de ocasião, vermelhos do esforço, a arrastarem-se em corridas esforçadas, com um ar de sacrifício que mete pena. Também se vêem muitas mulheres abastadas no seu físico a caminhar com rapidez, com ar de quem tem que cumprir um dever. Não acho que façam mal, nem tão pouco os critico, bem pelo contrário. É óptimo disporem-se a fazer exercício. Do que eu tenho pena é do seu ar de sacrifício. Sou de opinião que gastar energia por gastar, que seja em coisas que dêem prazer. Por isso, para mim, fazer exercício sim, não só como um meio mas também como um fim em si mesmo. Isto é quase como a comida. Quando ouço falar em vitaminas, proteínas, mais as gramas necessárias, etc, não posso deixar de ver a alimentação como um medicamento e a imagem não me agrada, de todo. Acho bem que haja preocupação com a saúde, mas que o viver mais tempo não nos retire a qualidade do momento, do sabor, do prazer.
19 julho 2007
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3 comentários:
Li, há dias, an Pública um artigo sobre o criativo de moda, Nuno Baltazar. Fiquei com pena dele! O homem relatava a forma copmo trata do físico: para além das regulares visitas ao ginásio, aquilo era uma coisa maluca de cremes por dia. Ele diz que gasta apenas uma hora para toda aquela parafernália. Impossível.
Essa do exercício por obrigação virou moda, impulsionada por médicos e dietistas. De facto, é vê-los a correr e a saltar sem o menor dos prazeres. Pelo físico, pelo colesterol, pelos triglicéridos e o mais que houver.
O fazer estar em forma é, de facto, um negócio chorudo, desde os SPAs, aos cremes, aos ginásios, ás clínicas e a tudo mais que traga a ilusão da felicidade sobre o formato de corpo musculado e hidratado. Claro que uma massagem bem feita é divinal, mas o que se está a passar é a obsessão por tudo isso como se fosse a questão central.
O Nuno Baltazar deve de facto gastar muito tempo e dinheiro. Felizmente tem o proveito. Outros nem isso.
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