perguntas
qual o destino dos corpos,
pergunto-me,
depois de mastigados pelas horas,
pelos gestos, desde o nascer do sol?
qual o destino dos corpos para além da deterioração,
ou logo antes dela?
qual o destino dos corpos entregues ao amor?
que destino terão depois de deixarem de ser o que são
para transformarem-se num outro
temporário e divino?
qual o destino nostálgico,
a melancolia bruta,
se nunca mais podem ser os deuses que um dia foram?
qual o destino dos corpos abandonados
pelos seus donos
sem propósito ou sentido,
quando nada mais desejam
senão serem o que são
e exercerem-no na sua glória?
silvia chueire
01 julho 2007
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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2 comentários:
Qual o destino Silvia... O nada. O serem apenas corpos, sem alma,...já tinha lido o poema e ainda não tinha dado pela falta da alma nos corpos.
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