25 setembro 2007

Mas…

Uma das características do discurso usual dos portugueses é conter, invariavelmente, um mas. Gosto disso mas não posso comer; gosto deste documento mas devia estar um pouco mais sintético; o professor até ensina bem mas…; aquele tipo é competente mas…

Depois temos as primas e vizinhas do mas: porem, todavia, contudo, não fora, se não fosse, no entanto, se, …

Não há o habito corrente de elogiar e quando, por milagre, alguém se lembra de fazer algum reconhecidamente positivo o mais certo é que seja estragado com um mas ou algo similar.

Criticar é tão fácil. Salta com muita facilidade. Normalmente a critica aos outros, claro, já que a autocrítica anda pelas ruas da amargura, apesar de ser das melhores ferramentas pessoais que conheço.

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