24 setembro 2007

missanga a pataco 27

Adventure in Portugal the beautiful


Farto, fartíssimo das inépcias, da grosseria, do gigantismo e do preço do mau serviço que me prestam, resolvi mudar de banco. Fui obviamente recebido com folares e cavalhadas pelo gerente da agência do novo banco que agora abriu aqui. Pudera! Ao que sei já uma data de vizinhos puseram pés ao caminho com a mesma finalidade. Para a “Obra” já dei tempo demasiado.
Ora nisto de emigrar de um banco para o outro, nem tudo são rosas, sobretudo se as pessoas tiverem contas mensais de serviços vários domiciliadas.
Comigo então é um rosário delas: a água, a luz, o telefone, a tvcabo, o seguro automóvel, o gás, a via verde e sei lá mais o quê.
Munido dos diferentes papeis que as empresas mandam para avisar o incauto que tem de pagar, lá fui ao novo banco, entreguei o maço e, ala que se faz tarde, um café para me retemperar do esforço.
Quando hoje lá voltei para continuar o calvário da abertura (hoje era para receber um cartão de crédito provisório e me associar ao sistema internet do banco para futuramente gerir a débil conta que abri) informaram-me pesarosamente que a maior parte das facturas ou não traz o número de identificação do credor ou não traz o numero da autorização de débito em conta. Ou as duas coisas. O sr doutor vai ter de lhes telefonar que aqui por nós o processo arrisca-se a demorar o dobro do tempo. Sim, senhor, pois claro, vou já tratar disso, que a minha ojeriza ( o burro do computador também não conhece esta palavra!) ao banco anterior mantém-se viva e intacta, se é que não aumentou.
Em casa resolvi começar pela mimosa EDP que tem um número de atendimento até às 20 horas. Às 17, uma voz feminina e seca como o deserto da Trafaria, indicou-me que não havia nada a fazer. “Não é possível estabelecer a ligação”, dizia a invisível criatura.
Bom, vamos tentar a internet em www.edp.pt. Sai-me uma coisa toda em ingliche! Devem pensar que eu vivo no East End, no Surrey ou qualquer antiga colónia de Sua Majestade. Tentei depois encontrar uma coisa que servisse os pobres consumidores mas as opções mais evidentes dividiam-se entre investors e journalists.
Com alguma batota, lá consegui mandar uma mensagem a pedir os dados em falta. A resposta, pronta e em duplicado e sempre em ingliche (técnico?) dizia-me o costume: que a minha mensagem will receive full attention. E minha opinion is great importance for EDP group.
É por estas e por outras que uma pessoa de bem e de idade, de seu natural calma e optimista, tem, de quando em quando, a vontade imensa de ir por uma lata de petróleo e uma mão cheia de pregos , fabricar uma bomba artesanal e, zás!, pô-la no primeiro balcão da edp que lhe ficar em caminho. Por muito menos a Al Qaeda mata americanos ou gente que se lhes assemelhe.
E não há quem puxe a delicada e felpuda orelhinha do big chairman da electricity of Portugal on the rocks?

From oporto to universe,
mcr sincerely
Ora porra!

3 comentários:

O meu olhar disse...

Pois é MCR, como eu o compreendo. Já passei por isso. É inacreditável como a EDP tem um site completamente virado para os investidores e jornalistas. Quanto ao consumidor vê-se grego, melhor dizendo, vê-se inglês para conseguir descortinar um cantinho naquele site para comunicar com a EDP.

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Parece-me que os meus amigos estão a cair nalgum exagero, não? Eu dou-me bem com o site da EDP. Vejam lá que até o utilizo para dar conta de lâmpadas fundidas na via pública - e tem funcionado!

M.C.R. disse...

Caro JCP

Experimente telefonar para o número que a EDP indica para os consumidores a contactarem
E diga-me como é que peço informações para mudar de banco onde pagar a conta
E olhe que já lhes mandei um mail (sem resposta, claro)
V pode ter sorte com as lâmpadas fundidas mas eu ainda me fundo por falta de resposta da Electricity of Portugal...