acaso
há um momento em que suspeito do acaso.
momento no qual todas as razões
parecem plausíveis, razões óbvias.
há um momento em que pensar
é como galopar um potro xucro:
não se sabe que direção tomará.
a mim me cabe suspeitar do aleatório
até que os acontecimentos me desmintam.
até que a razão sangre,
feito açude no sertão,
vazando pensamentos
derramados no inexplicável
que une certas coisas.
há um instante em que digo : não sei.
em que se arremessa contra mim
o acaso na sua mais pura concepção.
- é quando viver me espanta –
silvia chueire
07 outubro 2007
Marcadores: Poesia, Sílvia Chueire
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