24 novembro 2007

missanga a pataco 35

Notícia do comboio descendente

No Expresso vem uma entrevista com um cavalheiro dos comboios, ou melhor, de uma coisa chamada alta velocidade (AV propõe-se lá). A entrevista não é carne nem peixe mas de todo o modo permite perceber que, pelo menos cá dentro, a dita AV é uma patetice gorda e uma despesa dispensável mesmo se boa parte dos fundos vierem, como me pareceu, da “ Europa”. Isto de inventar obras para gastar o cacau que não ganhámos e muito menos merecemos é uma velha pecha lusitana que tem servido para que gente absolutamente duvidosa encha o bolso sem transpirar demasiadamente.
Respigo dessa entrevista uma pequena pérola: a AV em relação ao que já há dará no percurso Porto Lisboa um ganho de 15 minutos. Ou seja o suficiente para um intervalo numa reunião para um café e uma mijinha. Por isto, vamos pagar um pancadão de milhões. Sim porque por muito que chegue de fora há algum a ser pedido cá dentro.
Num país civilizado os propositores da tal AV seriam despedidos com justa causa. Se a civilização fosse um pouco superior ainda apanhariam um pontapé no dito cujo para saírem mais depressa. Cá o tal projecto parece imparável. E mais ainda por via de Vigo. Vigo vai ser uma nova Fátima para a glória do indústria e do comércio nacionais. Com Vigo cinco minutos mais perto do Porto vai ser um vê se te avias de êxitos financeiros. O país com Vigo ao fundo do túnel é já outro.
O pior é se o túnel se confunde com um buraco e a luz com um pirilampo lascivo à procura de fêmea.

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