12 dezembro 2007

missanga a pataco 36


Chicago on Douro River?

Parece que vivo em Chicago. A noite é pontuada por tiroteios, fala-se em gangs organizados, em “protecção”, nos “negócios da noite”. Se a moda anti-tabágica pegar a sério ainda veremos a cidade pejada de speakeasies onde se fuma à fartazana.
Estou já a ver os meus camaradas de blog, que ainda queimam o seu paivante, a meterem-se sigilosos por esquinas e becos da cidade antiga e invicta, até alcançarem um postigo de aspecto vulgar, baterem três vezes e reponderem ao pedido de senha por monossílabos sincopados, identificando-se. E lá dentro, por entre cortinas de fumo, bailarinas ucranianas a contorcer-se num palco minúsculo ao som dum sax qualquer...
A polícia está à rasca, o ministro já disse não sei o quê, também não deve ser importante, o dr Meneses já apontou o dedo castigador ao senhor primeiro ministro que, à cautela, levantou os braços bem alto, não fosse o diabo tecê-las e o dedo do ainda presidente da Câmara de Gaia um pistolão calibre 38, desses que o Billy the Kid usava (mas que não lhe serviu de muito pois não Pat Garrett?).
Uma coisa faz-me espécie: é que o último (ou já é o penúltimo?) morto era conhecido por Alberto Maluco. Não seria mais curial “crazy Al”?
O Porto tem falhado quase tudo nos últimos tempos. Será que com esta nova guerra da noite volta a figurar no roteiro das cidades importantes ou teremos de esperar, como de costume, pelos triunfos da equipa do senhor Pinto da Costa? Mal por mal, antes esses. Fuzilam balizas com os pés, e as bolas mesmo com velocidade e força não matam ninguém... E as únicas viúvas que se conhecem são os senhores presidentes do Sporting e do Benfica, coitados. Deixem lá que para o ano há mais.

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