Nem sempre escrevemos o que pensamos ou o que queremos. Ou o que sabemos.
Num texto em que me congratulava com o prémio Pessoa atribuído a Irene Flunser Pimentel referia que a notável historiadora não fora empregada pela Universidade. Baseava-me em textos jornalísticos, infelizmente pouco fidedignos. Na contracapa do livro "A História da PIDE" vem bem explícito que a autora é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Suponho que o dito instituto terá o excelente hábito de pagar aos seus investigadores pelo que deixa de ter fundamento a minha acusação à instituição universitária.
No mesmo texto, se não estou em erro, classifiquei de "burrice" a tese dos que defendem a sujeição do Tratado Europeu a referendo. Trata-se de uma desqualificação a pessoas que têm todo o direito de pensar que um documento dessa importância (ou que passa por ter essa importância) deveria ser alvo de um voto expressivamente popular. E que vai além do que penso.
Pessoalmente julgo que vivendo os europeus em regimes parlamentares é ao Parlamento que incumbiria essa tarefa. Para alguma coisa hão-de servir as "Señorias", os "Onorevoli" e as restantes Excelências que abancam nos hemiciclos. O referendo é uma instituição que me não convence justamente porque é dificilmente reductível a consultas simples de resposta clara e rotunda, sim ou não.
Todavia, e porque entre nós foi apregoado o recurso ao referendo por PS e PSD, entendo que tais partidos, se tivessem um mínimo de pudor ou de vergonha, deveriam cumprir as promessas e não refugiar-se em falácias, como aconteceu. Este Tratado não é assim tão diferente da finada "constituição" anterior para merecer tratamento diferente. Estamos perante um grosseiro expediente que, infelizmente, não nos afecta apenas a nós portugueses. Os restantes governos europeus (pelo menos os que anteriormente celebraram referendos...) estão no mesmo barco. Um feio e triste barco. Onde aliás podem embarcar os cavalheiros do Bloco e do PC que, só por oportunismo, cavalgaram a vaga referendária. Trata-se de organizações que graças ao famoso centralismo democrático, seu emblema e estigma de origem, sempre se estiveram nas tintas para o pópulo. A democracia de que se fazem eco passa-lhes logo que têm uma restea de poder.
Num texto em que me congratulava com o prémio Pessoa atribuído a Irene Flunser Pimentel referia que a notável historiadora não fora empregada pela Universidade. Baseava-me em textos jornalísticos, infelizmente pouco fidedignos. Na contracapa do livro "A História da PIDE" vem bem explícito que a autora é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Suponho que o dito instituto terá o excelente hábito de pagar aos seus investigadores pelo que deixa de ter fundamento a minha acusação à instituição universitária.
No mesmo texto, se não estou em erro, classifiquei de "burrice" a tese dos que defendem a sujeição do Tratado Europeu a referendo. Trata-se de uma desqualificação a pessoas que têm todo o direito de pensar que um documento dessa importância (ou que passa por ter essa importância) deveria ser alvo de um voto expressivamente popular. E que vai além do que penso.
Pessoalmente julgo que vivendo os europeus em regimes parlamentares é ao Parlamento que incumbiria essa tarefa. Para alguma coisa hão-de servir as "Señorias", os "Onorevoli" e as restantes Excelências que abancam nos hemiciclos. O referendo é uma instituição que me não convence justamente porque é dificilmente reductível a consultas simples de resposta clara e rotunda, sim ou não.
Todavia, e porque entre nós foi apregoado o recurso ao referendo por PS e PSD, entendo que tais partidos, se tivessem um mínimo de pudor ou de vergonha, deveriam cumprir as promessas e não refugiar-se em falácias, como aconteceu. Este Tratado não é assim tão diferente da finada "constituição" anterior para merecer tratamento diferente. Estamos perante um grosseiro expediente que, infelizmente, não nos afecta apenas a nós portugueses. Os restantes governos europeus (pelo menos os que anteriormente celebraram referendos...) estão no mesmo barco. Um feio e triste barco. Onde aliás podem embarcar os cavalheiros do Bloco e do PC que, só por oportunismo, cavalgaram a vaga referendária. Trata-se de organizações que graças ao famoso centralismo democrático, seu emblema e estigma de origem, sempre se estiveram nas tintas para o pópulo. A democracia de que se fazem eco passa-lhes logo que têm uma restea de poder.
1 comentário:
Muito obrigada pelos mais que amáveis posts.
De facto, não sou empregada do IHC. Trata-se de um Instituto, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, que alberga investigadores de História Contemporânea e serve de instituição de acolhimento quando procuramos financiamento, junto de instituições públicas e privadas.
Aqui fica uma rectificação à rectificação
Muito obrigada
Irene Pimentel
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