mcr à solta na cidade de mármore e granito...
Pois é. Eu queria muito ver “claramente visto” a nova super livraria. A “Biblos” como calculam. Só por isso já ferrei duas citações em três linhas. Para ser digno de entrar nesse Olimpo. Mesmo que (outra citação) tenha de dizer Dominus non sum dignus...
Ontem, venerável sexta feira, dia mais que santificado para uma das religiões do livro, meti pés ao caminho, ou melhor deixei o carro num parque e enfiei-me no primeiro táxi que vi e nem precisei de dizer grande coisa. O taxista disse-me logo que sim senhor que havia uma livraria nova num prédio novo, ensinou-me o curto caminho que teria de fazer a pé e eu comovido por aquele fervor literário abonei-lhe uma gorjeta choruda. Espírito natalício e entusiasmo de leitor ansioso par ir fazer correr pardaus por terras de bastos livros (esta é forçada mas hoje puxa-me o pé para a chinela...).
Ora bem. Novas das provas como diria o meu querido Zé Quitério leitor abençoado tanto ou mais que gourmet convicto? Pois fraquinhas, desculpem lá.
A Biblos é bonita, tem espaço, muito computador, é fácil de percorrer e percorre-se depressa. Faltam livros, nom de Dieu! Por enquanto aquilo é vulgar, vulgaris de Lineu.Vamos que encontrei o “Verdes e Vermelhos” da Alice Samara que uma fnaquinha me dizia esgotado. Merquei mesmo uma “História do Brasil” do Benassar (que já vi na “Leitura” a quem peço desculpa desta modesta traição) e uma “A ditadura militar portuguesa, 1926-1933” do Douglas Wheeler, edição velhinha das P.E.A.
Uma breve passagem pelas estantes de ficção e poesia não trouxe novidades. Compostinhas e bonda! A literatura em línguas estrangeiras apresentavam-se em dó menor. Coisinha mais fraca, Deus meu! Assim até a FNAC dá cartas, malta.
Claro que isto deve-se à pressa. Abrir de qualquer maneira para aproveitar a época natalícia, é o que é. Daqui a dois, três meses, a coisa deve estar melhor. Pelo menos, espero-o. Já tinha pensado o mesmo da nova “Leitura, books and living” no Porto. Muita pressa e pouca substância.
Estes dois grandes espaços (são os proprietários que insistem no termo...) pedem urgentemente recheio à altura. Por enquanto, a Bertrand do Chiado, a Lello, a Leitura (a clássica) e a Latina dão cartas. Mais livros, melhor escolha, mais aconchego e mais estrangeiros. Curiosamente ouvi dois leitores, diferentes, dizerem o mesmo: um ao telefone que até rematava condescendente, Bem eu também sou um pouco esquisito. Outro dizia para a namorada que trazia dinheiro fresco para gastar e não via jeitos disso.
Frustrado, soltei-me pelos alfarrabistas e foi um ver se te avias. Um belíssimo Larousse de la peinture (2 vol), dois sumptuosos os álbuns de fotografias de Lourenço Marques no ano de 1929,Thibault na Plêiade em belo estado, e mais uma boa dúzia de livros a preços módicos. Na pequena feira dos sábados da rua Anchieta havia um quarteirão de livros mais que apetecíveis. Aconselhei um Lorca (papel Bíblia da Aguilar!!!) a um preopinante que desembolsou 35€ com ar bem disposto. Espírito natalício, claro. E eu já o tinha, obviamente. Por meu lado aviei-me com um belíssimo “El Paris de Kiki” da Tusquets, 250 páginas carregadas de fotografias e fac-similes espectaculares, da grande época 1900-1930. E de passada comprei mais uma série de folhetos incluindo um catálogo da exposição Lorca (Gulbenkian, anos 80) lindíssimo e a 2€. O vendedor devia estar distraído. E o Jorge Silva Melo que por lá andava a fariscar também. Ou então já o tem. Ou eu cheguei primeiro. Enfim um belo dia.
Leitoras e leitores, no sábado próximo (29) há outra vez venda na rua Anchieta, aliás há todos os sábados, deitem-se ao caminho, aquilo é divertido e vale a pena. Até lá, moderem-se na comidinha que o Natal é muito traiçoeiro. Eu ainda ando a tentar perder uns quilos ganhos há anos na casa generosa e fraterna da Zé e do Octávio (minha cunhada e meu irmão) durante o Natal. O problema é que segunda feira lá estarei para outra jornada natalícia. Assim, nunca mais vou ao sítio.
na gravura: dois belos óleos com a modelo Kiki de Montparnasse
Ontem, venerável sexta feira, dia mais que santificado para uma das religiões do livro, meti pés ao caminho, ou melhor deixei o carro num parque e enfiei-me no primeiro táxi que vi e nem precisei de dizer grande coisa. O taxista disse-me logo que sim senhor que havia uma livraria nova num prédio novo, ensinou-me o curto caminho que teria de fazer a pé e eu comovido por aquele fervor literário abonei-lhe uma gorjeta choruda. Espírito natalício e entusiasmo de leitor ansioso par ir fazer correr pardaus por terras de bastos livros (esta é forçada mas hoje puxa-me o pé para a chinela...).
Ora bem. Novas das provas como diria o meu querido Zé Quitério leitor abençoado tanto ou mais que gourmet convicto? Pois fraquinhas, desculpem lá.
A Biblos é bonita, tem espaço, muito computador, é fácil de percorrer e percorre-se depressa. Faltam livros, nom de Dieu! Por enquanto aquilo é vulgar, vulgaris de Lineu.Vamos que encontrei o “Verdes e Vermelhos” da Alice Samara que uma fnaquinha me dizia esgotado. Merquei mesmo uma “História do Brasil” do Benassar (que já vi na “Leitura” a quem peço desculpa desta modesta traição) e uma “A ditadura militar portuguesa, 1926-1933” do Douglas Wheeler, edição velhinha das P.E.A.
Uma breve passagem pelas estantes de ficção e poesia não trouxe novidades. Compostinhas e bonda! A literatura em línguas estrangeiras apresentavam-se em dó menor. Coisinha mais fraca, Deus meu! Assim até a FNAC dá cartas, malta.
Claro que isto deve-se à pressa. Abrir de qualquer maneira para aproveitar a época natalícia, é o que é. Daqui a dois, três meses, a coisa deve estar melhor. Pelo menos, espero-o. Já tinha pensado o mesmo da nova “Leitura, books and living” no Porto. Muita pressa e pouca substância.
Estes dois grandes espaços (são os proprietários que insistem no termo...) pedem urgentemente recheio à altura. Por enquanto, a Bertrand do Chiado, a Lello, a Leitura (a clássica) e a Latina dão cartas. Mais livros, melhor escolha, mais aconchego e mais estrangeiros. Curiosamente ouvi dois leitores, diferentes, dizerem o mesmo: um ao telefone que até rematava condescendente, Bem eu também sou um pouco esquisito. Outro dizia para a namorada que trazia dinheiro fresco para gastar e não via jeitos disso.
Frustrado, soltei-me pelos alfarrabistas e foi um ver se te avias. Um belíssimo Larousse de la peinture (2 vol), dois sumptuosos os álbuns de fotografias de Lourenço Marques no ano de 1929,Thibault na Plêiade em belo estado, e mais uma boa dúzia de livros a preços módicos. Na pequena feira dos sábados da rua Anchieta havia um quarteirão de livros mais que apetecíveis. Aconselhei um Lorca (papel Bíblia da Aguilar!!!) a um preopinante que desembolsou 35€ com ar bem disposto. Espírito natalício, claro. E eu já o tinha, obviamente. Por meu lado aviei-me com um belíssimo “El Paris de Kiki” da Tusquets, 250 páginas carregadas de fotografias e fac-similes espectaculares, da grande época 1900-1930. E de passada comprei mais uma série de folhetos incluindo um catálogo da exposição Lorca (Gulbenkian, anos 80) lindíssimo e a 2€. O vendedor devia estar distraído. E o Jorge Silva Melo que por lá andava a fariscar também. Ou então já o tem. Ou eu cheguei primeiro. Enfim um belo dia.
Leitoras e leitores, no sábado próximo (29) há outra vez venda na rua Anchieta, aliás há todos os sábados, deitem-se ao caminho, aquilo é divertido e vale a pena. Até lá, moderem-se na comidinha que o Natal é muito traiçoeiro. Eu ainda ando a tentar perder uns quilos ganhos há anos na casa generosa e fraterna da Zé e do Octávio (minha cunhada e meu irmão) durante o Natal. O problema é que segunda feira lá estarei para outra jornada natalícia. Assim, nunca mais vou ao sítio.
na gravura: dois belos óleos com a modelo Kiki de Montparnasse
1 comentário:
Longe mas não esquecida.
De recomendações levo o peito farto e reconfortado, obrigado.
De dietas, nem falar!
Pois se aqui venho deixar votos de muita comilança de sorrisos, cumplicidades e serenidade para todos.
Boas Festas!
Um beijo saudoso
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