11 janeiro 2008

L’aéroport à l’Ota? Jamais!

Meio ano depois de aqui ter escrito o que pensava (e continuo a pensar) sobre a questão central que deveria fundar a decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, vejo que a anunciada decisão do Governo continua a receber apreciações primárias de jornalistas e políticos. O que os excita? Tão só os milhõezecos a mais ou a menos, as contrapartidas, os terrenos, o tempo de viagem, as acessibilidades, as novas pontes e por aí fora.

Quanto ao essencial – que visão estratégica para o país encerra uma decisão desta natureza – nada se diz e ninguém questiona. Já agora, será que ficaremos finalmente a saber quem pagou o fantástico estudo da CIP? Sim, porque um estudo que ajuda a derrubar em meia dúzia de meses teses construídas, por técnicos e políticos, ao longo de dezenas de anos só pode ser absolutamente extraordinário. Até por revelar o estado a que chegaram as presumidas elites deste país.

1 comentário:

JSC disse...

pSobre esta matéria do aeroporto sobra-me uma confusão das grandes.

Primeiro, governos PSD + PP estudaram e aprovaram a OTA, com candidatura a fundos e tudo.

Depois aqueles governos caíram e o PSD + o PP passaram a desancar na solução OTA e a pedir Alcochete ( ou Portela +1).

Agora, o governo faz-lhes a vontade e decide por Alcochete. Contudo, em vez de dizerem que, “…finalmente”, “ainda bem”, “e coisa e tal, que Governo cedeu”, por ter ido ao encontro do que passaram a defender, o que aconteceu foi que continuaram a desancar no mesmo Governo, por razões que não entendo bem.

Convenhamos que a política é mesmo muito, muito complicada.