Visto e ouvido
Com estes ouvidinhos que a terra há-de comer ouvi ontem um cavalheiro do COI, comité olímpico internacional, identificado como Jacques Rogge comentar as manifestações desencadeadas por aquela patetice a que chamam chama olímpica.
Em parcas palavras a criatura entendeu criticar os manifestantes dizendo (mais palavra menos palavra) que “quem quiser protestar que o faça pacificamente”.
A criatura, triste criatura, parece ainda não ter metido na cabecinha brilhante, olímpica e internacional, que esta faena começou com uns polícias chineses a matar uns tibetanos. Provavelmente o senhor Rogge acha que isso é um modo pacífico de resolver um pequeno problema numa possessão afastada do império chinês.
Aliás, o mesmo Rogge, não deve ter reparado nuns cavalheiros, cerca de vinte, de porte atlético, olímpico e chinês, vestidos de fato treino mas traídos pelos óculos escuros que estão sempre à volta da tal tocha. Sabe-se agora, cfr noticiário das 20 horas da Televisão francesa, que estes atletas “pacíficos” são membros de uma força especial chinesa que costuma pacificar chineses que se portam mal recorrendo a meios eminentemente olímpicos e internacionais quais sejam o tiro ao alvo.
O comissário Rogge do alto da sua piedosa indignação contra os díscolos franceses que lhe estragaram a triunfal marcha por Paris, além de os admoestar por não recorrerem a meios pacíficos, como se uns gritos, uns insultos e uns empurrões fossem mais graves do que os tiros e as prisões de Lhassa, acha que estão a atentar contra o espírito dos jogos, com se tal espírito sequer alguma vez tivesse aflorado na cabecinha tonta do mais catatónico e inocente espectador.
Em anterior post oferecia-me para ir chatear a marcha da tocha se esta passasse por cá. Tive o apoio do João Tunes (blog agualisa) que se prontificava a vir coxear o seu bocado a meu lado enquanto algum meigo polícia amigo de Rogge nos pacificava os lombos.
Deus é grande e poupou-nos a essa patética situação de dois cavalheiros, já entrados em anos, serem escorraçados pela guarda da chama. E poupou-nos o costado que seguramente já não é o mesmo dos anos loucos. A tocha não passa por cá, parece que não somos suficientemente importantes para merecer essa duvidosa honra.
Com estes ouvidinhos que a terra há-de comer ouvi ontem um cavalheiro do COI, comité olímpico internacional, identificado como Jacques Rogge comentar as manifestações desencadeadas por aquela patetice a que chamam chama olímpica.
Em parcas palavras a criatura entendeu criticar os manifestantes dizendo (mais palavra menos palavra) que “quem quiser protestar que o faça pacificamente”.
A criatura, triste criatura, parece ainda não ter metido na cabecinha brilhante, olímpica e internacional, que esta faena começou com uns polícias chineses a matar uns tibetanos. Provavelmente o senhor Rogge acha que isso é um modo pacífico de resolver um pequeno problema numa possessão afastada do império chinês.
Aliás, o mesmo Rogge, não deve ter reparado nuns cavalheiros, cerca de vinte, de porte atlético, olímpico e chinês, vestidos de fato treino mas traídos pelos óculos escuros que estão sempre à volta da tal tocha. Sabe-se agora, cfr noticiário das 20 horas da Televisão francesa, que estes atletas “pacíficos” são membros de uma força especial chinesa que costuma pacificar chineses que se portam mal recorrendo a meios eminentemente olímpicos e internacionais quais sejam o tiro ao alvo.
O comissário Rogge do alto da sua piedosa indignação contra os díscolos franceses que lhe estragaram a triunfal marcha por Paris, além de os admoestar por não recorrerem a meios pacíficos, como se uns gritos, uns insultos e uns empurrões fossem mais graves do que os tiros e as prisões de Lhassa, acha que estão a atentar contra o espírito dos jogos, com se tal espírito sequer alguma vez tivesse aflorado na cabecinha tonta do mais catatónico e inocente espectador.
Em anterior post oferecia-me para ir chatear a marcha da tocha se esta passasse por cá. Tive o apoio do João Tunes (blog agualisa) que se prontificava a vir coxear o seu bocado a meu lado enquanto algum meigo polícia amigo de Rogge nos pacificava os lombos.
Deus é grande e poupou-nos a essa patética situação de dois cavalheiros, já entrados em anos, serem escorraçados pela guarda da chama. E poupou-nos o costado que seguramente já não é o mesmo dos anos loucos. A tocha não passa por cá, parece que não somos suficientemente importantes para merecer essa duvidosa honra.
* A gravura mostra bem os "atletas" chineses de óculos escuros e fato de treino parecido ou igual a um aprovado pelo COI para os atletas tout-court. Coincidências!!!...
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