Eis a questão que MÁRIO CRESPO nos deixa no seu artigo de opinião, publicado no JN. MÁRIO CRESPO é um grande jornalista, do melhor que temos, por isso as suas inquietações e reflexões merecem ser tomadas em conta.
Pelos vistos o Congresso americano, também, anda preocupado com a falência do mercado, no que respeita aos preços dos combustíveis. E, a exemplo do que fez o nosso Governo, também mandou fazer um inquérito. As conclusões foram tão estapafúrdias que levaram o congressista Maxime Waters a colocar a "revolucionária questão" que Mário Crespo nos devolve.
O artigo de Mário Crespo merece ser lido por todos e, em particular, pelos decisores políticos. Atrevo-me a dizer que em vez de andarem por aí apelos a não abastecimento nesta ou naquela marca, a questão (exigência) que deveria circular deveria ser: Por que não nacionalizar?
Como diz Mário Crespo, “aqui nacionalizar não seria uma atitude ideológica. Seria, antes, um recurso de sobrevivência”.
E, já agora, de bom senso!
26 maio 2008
Por que não nacionalizar?
Marcadores: economia/finanças, JSC, política
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3 comentários:
Nacionalizar o quê?
O que já está nacionalizado?
Você acredita que a Galp seja mesmo privada?
A GALP é mesmo privada! Ainda recentemente distribuiu seiscentos e tal milhões de dividendos pelos seus accionistas e não consta que algum desse dinheiro tenha ido para ao Tesouro Público.
Uma coisa poderá ser as relações entre a política e a economia. Outra, bem diferente, é quem detém a propriedade, neste caso materializada em Acções cotadas na Bolsa, sobre esta matéria não há quaisquer dúvidas. A GALP é mesmo privada e gerida pelos accionistas maioritários.
Este artigo do Mário Crespo merece ser lido com toda a atenção.
Sempre que ouço defender as potencialidades do mercado em benefício do consumidor final penso que nos estão a vender um princípio que quase nunca funciona e que só serve para defender a liberalização de preços e diminuir a regulação do Estado. Aconteceu o mesmo com a electricidade e com a água. Tudo bens essenciais. Ficamos à mercê de especuladores e de gestores oportunistas.
Como é evidente não vejo como possível retroceder na nacionalização da Galp, mas pergunto-me porque não retroceder na regulação da formação dos preços? O que o impede o Governo de alterar as regras do jogo?
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