12 junho 2008

Rapsódia

1. Mais um Serralves em Festa e mais um enorme êxito. No último fim-de-semana, passaram pelos jardins e museus de Serralves mais de 82.000 pessoas, de todas as idades e condições. Passei por lá no final da tarde de Domingo e pude testemunhar um ambiente de autêntica festa. É bom ver a cidade do Porto vibrar com um espaço único que, pelo menos uma vez por ano, abre as suas portas a todos e proporciona as mais variadas manifestações artísticas, contribuindo também para fazer novos públicos.
2. A General Motors foi condenada a devolver aos cofres do Estado 18 milhões de euros, correspondentes às ajudas recebidas e que se revelaram indevidas e injustificadas com a decisão de encerrar a fábrica da Azambuja. Por uma vez, o crime não compensou e a GM, neste caso, não se vai embora a rir dos portugueses. Andou bem o Governo em accionar a multinacional de origem norte-americana.
3. O protesto dos transportadores rodoviários chegou ao fim com algumas cedências do Governo. Todavia, não cedeu no essencial: a atribuição de um preço especial de gasóleo profissional. Se o Governo cedesse nesta matéria em particular estaria a abrir uma caixa de Pandora que poderia ter graves consequências. Folgo em saber, também, que o Governo estava a preparar medidas de excepção para fazer face ao bloqueio que se fazia sentir. O país não podia ficar muito mais tempo prisioneiro de camionistas de garrafão e pastel de bacalhau, como as inenarráveis imagens televisivas mostravam.
4. Scolari vai-se embora da selecção, pois pelo visto “enganou” Abramovich, o todo-poderoso presidente russo do Chelsea. Boa viagem. Sou dos que acredita que a nossa selecção tem obtido bons resultados, apesar do treinador. As imagens que a SIC tem passado sobre as campanhas anteriores evidenciam o primarismo de Scolari. Ele que vá para Inglaterra rezar ave-marias e passar a música de Roberto Leal nos estágios que vai ver o que lhe acontece…
5. Que Raça! O Senhor Presidente inebria-nos com as suas memórias de outros tempos. Ficar-lhe-ia muito bem ter vindo reconhecer o lapso, que ninguém lhe levaria a mal. Assim, fica um não-sei-quê-de-cheiro-a-bafio que não se compreende. Saia mais uma fatia de bolo-rei.

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