Na última edição do “Expresso”, António Carrapatoso, presidente da Vodafone Portugal, Joaquim Goes, administrador do BES, e Rui Ramos, historiador e comentador político, assinavam um artigo intitulado “O estado da governação em 2008”. Os signatários do texto eram apresentados como coordenadores de uma suposta avaliação do estado da governação, no âmbito do movimento Compromisso Portugal.
Muito bem. E que dizem os doutos senhores? Que pretendem ajudar a formar uma opinião fundamentada sobre a governação e contribuir para a “emergência” (!) de uma cultura política em que os governos sejam avaliados por objectivos. Pois sim.
E depois? Reconhecem a justeza da política de reformas do Governo, mas consideram que se podia ter ido mais além. Dizem que se conseguiu inverter a tendência negativa das contas públicas, mas que se pode discutir os meios adoptados. Concordam que a conjuntura económica se agravou a meio da legislatura, devido a causas externas, mas lembram que mesmo assim se poderia exigir o cumprimento da convergência com as economias da UE. Concluem que o aumento do desemprego e o alargamento do fosso entre ricos e pobres não advêm de reformas liberais, mas sim de não modificarmos a forma como a nossa sociedade está organizada. Gostam? Querem mais?
Muito bem. E que dizem os doutos senhores? Que pretendem ajudar a formar uma opinião fundamentada sobre a governação e contribuir para a “emergência” (!) de uma cultura política em que os governos sejam avaliados por objectivos. Pois sim.
E depois? Reconhecem a justeza da política de reformas do Governo, mas consideram que se podia ter ido mais além. Dizem que se conseguiu inverter a tendência negativa das contas públicas, mas que se pode discutir os meios adoptados. Concordam que a conjuntura económica se agravou a meio da legislatura, devido a causas externas, mas lembram que mesmo assim se poderia exigir o cumprimento da convergência com as economias da UE. Concluem que o aumento do desemprego e o alargamento do fosso entre ricos e pobres não advêm de reformas liberais, mas sim de não modificarmos a forma como a nossa sociedade está organizada. Gostam? Querem mais?
Os senhores querem maior aposta na educação, melhor qualificação dos nossos recursos, um sistema fiscal transparente e eficaz, melhoria dos serviços públicos, ambiente concorrencial de mercado devidamente regulado. Dizem que é necessário criar mais riqueza para melhorar a qualidade de vida dos portugueses. Óptimo. Quem não concorda com isto? É para chegarem a estas conclusões que estes senhores se reúnem? E se fossem antes criar riqueza?! Comprometam-se a sério com Portugal e deixem-se de floreados.
2 comentários:
Curiosa é a projecção que aqueles senhores têm na comunicação social. Os do “Compromisso” autoproclamaram-se avaliadores das políticas públicas e os jornais tratam-nos como tal. Hoje, pelos vistos, é o dia em que vão medir a eficácia da acção governativa. Para tanto, dizem, vão recorrer a uma apresentação de queijos ao jeito do jogo “Trivial Pursuit”.
Acredito que o resultado final seja mais trivial e menos pursuit.
O compromisso é comprometedor. E cheira a ranço.
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