As dúvidas começam a morder as melhores consciências.
Depois do plano de compra, com dinheiros públicos, dos "Activos tóxicos" que maquilharam Balanços e deram lucro a finançeiros & associados;
Depois de se ter verificado o falhanço das entidades reguladoras e do fracasso das entidades oficias de revisão de contas, incluindo as agências de rating;
Depois dos governos terem injectado biliões e biliões de euros e dólares, para dar "confiança" ao sistema, que levou a que muitos vissem nessa medida "o início do fim da crise";
Depois de banqueiros e executivos da banca terem agradecido aos governos o apoio recebido;
Depois dos principais líderes europeus terem encontrado uma fórmula mágica para "refundar o capitalismo", que foram levar ao Sr. Bush, principal mentor da crise, em retirada de cena;
Depois de tanto esforço e dinheiro público gasto eis que as dúvidas se reforçam e começam a morder as melhores consciências.
O Sr. Brown inventou um Plano para refundar o sistema, que vai discutir com uns tantos países (G8 + dois ou três). Por sua vez, o responsável pelo Banco de Portugal aligeirou regras e critérios contabilísticos a que a banca estava sujeita, para “ajudar os bancos contra a crise”, permitindo que os bancos "respirem" melhor. Ou seja, a “confiança” demora e as medidas paliativas incrementam-se.
Contudo, apesar de tanta medida e tamanho apoio público concedido, o sistema financeiro continua a agonizar e a tramar empresas e particulares, que formam a economia real.
Um conjunto de grandes bancos europeus necessita de mais de 73 mil milhões de euros para reforçarem o seu capital. São os analistas do Merrill Lynch que esclarecem que muito dificilmente os accionistas terão condições para reforçarem os seus capitais, logo, concluem, terá que haver injecções de dinheiro por parte dos Governos.
Notável é os homens da Merrill Lynch já não defenderem que o mercado funcione e cumpra o seu papel. O que eles impõem, agora, é que os governos intervenham, injectem o capital que os accionistas não arriscam e tudo para"tranquilizar os cidadãos".
Como é que toda esta história vai acabar é coisa que não se sabe. Mas tudo parece indicar que o que vem a seguir é muito pior. O sistema financeiro transformou-se num saco sem fundo. Até onde os governos poderão segurar que o pânico se alastre, porque é que isso, só isso, que têm estado a fazer.
21 outubro 2008
Há Luz ao Fundo do Túnel?
Marcadores: economia/finanças, JSC, política
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2 comentários:
Devido aos recentes cortes no orçamento de estado e ao crescimento dos custos de eletricidade e do petróleo, a luz no fim do túnel foi desligada.
A solução portuguesa para a falta de luz é as pessoas munirem-se de pirilampos.
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